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NOVO IMPOSTO

Guedes assume que vai criar 'nova CPMF' no Brasil

Texto deve ser entregue a líderes partidários na semana que vem; Presidente da comissão da tributária diz que não há 'clima' para novo imposto

Ministro da Economia, Paulo Guedes, em Brasília 16/09/2020 - REUTERS/Adriano Machado

Logo após o presidente da comissão mista da reforma tributária, senador Roberto Rocha (PSDB-MA), afirmar a jornalistas que não há “ambiente político” no Congresso para a aprovação do novo imposto sobre transações financeiras, nos moldes da CPMF, o ministro da Economia, Paulo Guedes, também falou e defendeu seu plano. Segundo o ministro, os pilares da agenda econômica neste momento são a criação de emprego e renda, que passam pela desoneração de folha e substituição tributária dessa arrecadação, que seria feita com a nova CPMF.  "Queremos desonerar, queremos ajudar a buscar emprego, facilitar a criação de empregos, então vamos fazer um programa de substituição tributária", afirmou Guedes na saída de uma reunião no Palácio do Planalto no início da tarde desta quarta-feira, 23.

"Temos que desonerar folha, por isso a gente precisa de tributos alternativos, para desonerar folha e ajudar a criar empregos e renda a mesma coisa. Vimos a importância do auxílio emergencial, como isso ajudou a manter o Brasil respirando e atravessando essa onda da crise. Temos que também fazer uma aterrisagem suave do programa de auxílio emergencial", afirmou o ministro sem responder a perguntas.

As declarações, com poucos minutos de diferença e na porta do Planalto, mostram a intensidade das negociações do governo para que essa nova parte da tributária passe a andar. Guedes, acompanhado do líder do governo, Ricardo Barros (MDB-) haviam acabado de sair de uma reunião com o presidente Jair Bolsonaro. Na véspera, o chefe da área econômica havia convencido o presidente sobre o novo imposto, como revelou o Radar Econômico. Agora, resta a negociação no Congresso. Como sinalizado por Rocha, que falou com a imprensa ao adentrar o Planalto, a negociação não será fácil. Os parlamentares não são simpáticos a ideia de recriação de um imposto sobre transações financeiras. O principal opositor ao tema é o presidente da Câmara, Rodrigo Maia.

Fonte: VEJA.