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BEIRUTE

'Explosão foi "crime" resultado de corrupção histórica', diz governo em renuncia

Ainda na tarde de ontem, três ministros já haviam renunciado, além de parlamentares

Premiê do Líbano, Hassan Diab: renúncia nesta segunda-feira, 10 - Mohamed Azakir/Reuters

O governo do Líbano renunciou nesta 2ª-feira (10. agosto), após grande pressão popular em decorrência da explosão que deixou 160 mortas na semana passada em Beirute, em porto na Capital, que estocava produtos químicos. A explosão filmada e repercutiu por todo o mundo. A população reagiu pedindo a prisão dos responsáveis pela tragédia, sem obter respostas do governo, as manifestações em tons agressivos ocuparam as ruas do país. Nesta manhã, o primeiro-ministro Hassan Diab e todo o seu gabinete apresentaram sua renúncia.

Ainda na tarde de ontem, três ministros já haviam renunciado, além de parlamentares.

Ao comunicar sua renúncia, Diab chamou a explosão de “crime” e disse que o caso era resultado de uma corrupção histórica no país.

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A explosão no Líbano aconteceu na última 3ª-feira (4. agosto), no porto da capital Beirute, desencadeada por uma carga de nitrato de amônio que estava no local desde 2013.

Autoridades do porto haviam informado à Justiça sobre a carga e os riscos do material, mas medidas não foram tomadas ao longo de vários anos.

Além das 158 vítimas, há mais de 60 desaparecidos e mais de 6.000 pessoas feridas, além de diversos moradores que tiveram as casas destruídas pela explosão — que foi ouvida a mais de 100 quilômetros do local.