07 de setembro de 2024
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DEPUTADO ESTADUAL

Zeca chama Eloy Terena de 'advogadozinho' e cobra Lula por demissão

"No serve para absolutamente nada!", bradou petista

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O deputado Zeca do PT travou bate-boca com lideranças indígenas na Assembleia Legislativa (ALEMS), na manhã desta 3ª.feira (30.mai.23). O ex-governador petista, fez ataques a atuação e ofensas ao advogado sul-mato-grossense Eloy Terena, secretário-executivo do Ministério dos Povos Indígenas

"(...) Encaminhei também ao Ministério dos Povos Indígenas e hoje estou encaminhando através do ofício, ontem falei por telefone com o ministério da articulação política do governo Lula, pedindo a demissão do tal do doutor Eloy que não serve para absolutamente nada!", bradou Zeca.

Antes disso, o deputado havia apontado que encaminhou ofício com denúncia de subnutrição de crianças indígenas na aldeia de Iguatemi (MS). "Encaminhei requerimento ao Dsei [Distritos Sanitários Especiais Indígenas], que está sendo usado, politicagem, politicagem! Do tal do advogado... Dsei que está sendo utilizada politicamente por um advogadozinho, que infelizmente Lula nomeou na Sesai [Secretaria de Saúde Indígena], lá em Brasília, e que faz essa agitação política com esse povo que está aqui", continuou. 

Zeca ainda chamou de 'banalheira', as ocupações indígenas em busca de demarcações no estado. "A maioria dos índios, a maioria do povo indígena não quer bandalheira, quer trabalhar, e as minhas emendas vão ser para aqueles que querem produzir e não para a bandalheira que esse advogadozinho quer", criticou. 

O deputado ainda atacou a liderança indígena Val Eloy Terena. "Pedi a esses jovens que estão aqui comandados pela mulher do Eloy, que está aí, para que não se deixem utilizar... não se deixem utilizar! A causa de vocês é muito maior que a medíocridade do Eloy, pelo amor de Deus, entendam isso", disse Zeca.  

A insatisfação do petista com a gestão Eloy, começou após o advogado apoiar a ocupação dos guarani-kaiowá a fazenda do Inho, que sobrepõe a Terra Indígena (TI) localizada no município de Rio Brilhante (MS). Zeca sustenta que a ocupação é errônia por não existir um estudo antropológico indicando que a área pode ser propriedade dos indígenas.

Veja as falas de Zeca: