O vice-governador de Mato Grosso do Sul, José Carlos Barbosa (Barbosinha), esteve nesta 3ª feira (15.ago.23), no Palácio de Lopez, em Assunção, na cerimônia de posse do novo presidente do Paraguai, Santiago Peña, de 44 anos.
Barbosinha disse que a posse de Peña vem exatamente no momento em que Mato Grosso do Sul reforça a mensagem querer estar cada vez mais próximo dos irmãos do vizinho país. "Estamos trazendo uma mensagem de amizade, cordialidade, e que promete unir Mato Grosso do Sul ao Paraguai. São laços econômicos, culturais e turísticos que se fortalecem diante das obras da Rota Bioceânica".
Peña disse que sua gestão vai atuar para “transformar [o Paraguai] no centro de integração” das nações sul-americanas. Para isso, disse que um dos principais objetivos estratégicos do novo governo paraguaio “será contribuir para melhorar o funcionamento do Mercosul”.
A saudação levada por Barbosinha partiu do governador Eduardo Riedel.
O vice-Chefe do Executivo de MS apontou que a presença do deputado Paulo Corrêa, da Assembleia Legislativa e do empresário Aurélio Rolim Rocha, em nome do setor industrial do Estado, reforçou a certeza de que “queremos reforçar ainda mais os laços de amizade, cordialidade, por um novo perfil de desenvolvimento econômico, turístico e cultural entre nosso Estado e o vizinho país”.
Em julho desse ano, Riedel esteve em Assunção, acompanhado dos deputados estaduais Gerson Claro e Paulo Corrêa, para um encontro na embaixada do Brasil, acompanhado de ministros paraguaios.
“Somos a região do mundo com maior potencial de desenvolvimento. Isso só pode ser alcançado trabalhando em conjunto” , afirmou o presidente paraguaio em seu discurso de posse.
AUTORIDADES DO AMERICA DO SUL
14.08.2023 - Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante jantar oferecido pelo Presidente eleito da República do Paraguai, Santiago Peña. Assunção - Paraguai. Foto: Ricardo Stuckert / PRDiversas autoridades estrangeiras compareceram à cerimônia de posse. Entre eles, estiveram presentes o presidente do Brasil, Lula (PT), Alberto Fernández (Argentina), Gabriel Boric (Chile), Luis Arce (Bolívia) e Luis Lacalle Pou (Uruguai). O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, o vice-presidente de Taiwan, Lai Ching-te, e o rei da Espanha, Felipe 6º , também estiveram na cerimônia de posse de Peña.
INVESTIMENTOS COM O PARAGUAI
O Governo sul-mato-grossense sustenta que investiu, nos últimos anos, mais de R$ 80 milhões em obras estruturantes em Porto Murtinho, município que faz fronteira com o Paraguai, atendendo ao novo corredor e à logística portuária que se instalou na região. Também garantiu incentivos para reativar a Hidrovia do Rio Paraguai, atraindo operadores e empreendimentos portuários à região.
A rota bioceância em implantação, com extensão de 3 mil quilômetros, vai ligar o Estado através de Porto Murtinho, cruzando o território paraguaio por Carmelo Peralta (município de fronteira com o Brasil, onde governo paraguaio constrói a ponte de US$ 85 milhões), Mariscal Estigarribia e Pozo Hondo, atravessará ainda em território argentino as cidades de Misión La Paz, Tartagal, Jujuy e Salta; ingressando no Chile pelo Passo de Jama, até alcançar os portos de Antofagasta, Mejillones e Iquique.
QUEM É PEÑA
Peña nasceu na capital Assunção em 16 de novembro de 1979. Economista que trabalhou no Fundo Monetário Internacional (FMI). Ele também foi ministro das Finanças em 2013, no governo de Horacio Cartes.
COMO DEVE GOVERNAR E DESAFIOS
(15.ago.23) - O presidente do Paraguai, Santiago Peña, presta juramento à Constituição ao lado de sua mulher, Leticia Ocampos. Foto: Twitter Eleito com 43% dos votos válidos, Peña é um presidente do Partido Colorado (legenda de esquerda) e fica no cargo até 2028. No Paraguai não há reeleição para presidente, por isso os eleitos cumprem mandato de cinco anos.
Ele deve dar continuidade a linha adotada pelo ex-presidente, empresário e líder do Partido Colorado, Horacio Cartes, que governou o país de 2013 a 2018.
No discurso, Peña citou 3 desafios globais que o mundo enfrenta e que demandam atenção geopolítica dos países. São eles:
- 1) o acesso à água;
- 2) a segurança alimentar;
- 3) a insuficiente energética.
Segundo o presidente, o Paraguai buscará ser um protagonista nos assuntos.











