Após a confusão na Câmara Municipal de Vereadores, pela presença de policiais a paisana, supostamente enviados pelo chefe do executivo, prefeito Alcides Bernal (PP) com o objetivo de ‘proteger’ a vereadora Luiza Ribeiro (PPS), a sessão foi suspensa gerando a revolta dos parlamentares nesta quinta-feira (22).
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Comentando a situação, a vereadora visivelmente abatida com o ‘clima de tensão’ na Casa de Leis, falou sobre o vazamento de seu depoimento ao Ministério Público em relação à Operação Coffee Break, realizada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) e a relação com os parlamentares. ‘Eu dei um depoimento sigiloso e de maneira nenhuma você espera que ele estará na capa de um site de notícias. Isso me traz muito constrangimento, mas não posso mudar o que foi dito. Não fiz isso para atacar nenhum vereador e já pedi desculpas para quem se sentiu ofendido a esse respeito. Esse é um momento de debate político e vejo essa situação normal, vinda de outras forças políticas. Sobre meu depoimento não darei explicações e nem interpretações a respeito’, afirmou Luiza.
‘Climão’
Questionada pelo MS Notícias, sobre como ficaria a situação entre os colegas parlamentares e se ela sabia da presença dos policiais na Câmara, a vereadora afirmou que desconhecia o fato e que não precisa de proteção para atuar na Casa. ‘Eu não tinha conhecimento dessa situação, eu desconhecia qualquer movimentação de policiais, se eu precisasse de segurança eu solicitaria a Casa. Não estou me sentindo ameaçada, estou constrangida, não preciso de segurança e não ando com segurança também’, desconsiderou.
‘Portas fechadas’
A sessão foi suspensa por aproximadamente 15 minutos para que os vereadores pudessem conversar e tentar entender o que estava acontecendo. ‘Estivemos conversando na reunião, O Flávio que é o presidente tomara as devidas providências, reforço que não tinha conhecimento do que aconteceu, pedi desculpas pessoalmente e não pensei em magoar ninguém. Pedi desculpas ao Chocolate (PTB) por que ninguém falou aqui que ele era vereador de periferia’, argumentou Luiza.
O presidente em exercício, vereador Flávio Cesar (PT do B) criticou presença dos policiais na Casa e deixou Câmara a caminho da 3ª Delegacia de Polícia para registrar Boletim de Ocorrência.