A operação Coffee Break deflagrada no fim do mês de agosto, (25) continua realizando oitivas desde o início desta semana para investigar um suposto esquema de compra de votos que culminou na cassação do prefeito de Campo Grande Alcides Bernal (PP) em março de 2014.
Na última quarta-feira (2) os promotores do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) ouviram o vereador Ayrton de Araújo (PT) e o secretário de Governo do Município, Paulo Pedra (PDT), além do Deputado Estadual, Cabo Almi (PT). Na quinta (3) foi a vez do vereador Vanderlei Cabeludo (PMDB) e do ex-secretário municipal de Planejamento, Finanças e Controle, Wanderley Ben Hur da Silva, que compareceram a sede do Gaeco dando continuidade as investigações da Operação Coffe Break.
Com isso, mesmo o prefeito Alcides Bernal “correndo contra o tempo” para resolver os problemas da cidade, afirmou ao MS Notícias na manhã desta sexta-feira (4) durante encontro com lideranças de bairro no auditório da esplanada, que não deixa de acompanhar os depoimentos dos investigados. “Eu estou acompanhando pelos sites, imprensa e acredito muito no trabalho das instituições e confio na Justiça. A Polícia Federal está trabalhando sério e tenho certeza de que a impunidade não irá ocorrer, principalmente por que é um desejo da população, de que quem fez o que fez deve pagar. Os que praticaram crimes serão punidos. Agora estou focado na administração para resolver os problemas da cidade, que é muito grave mas não esqueço de acompanhar o que está acontecendo”, afirmou o prefeito.
Com depoimentos têm durado mais de 12 horas, as oitivas devem se prolongar ao longo do mês de setembro. Quem não comparecer de se justificar para a Justiça. De acordo com o promotor Marcos Alex Vera, o Gaeco alertou sobre o segredo de Justiça e nenhuma informação será passada antecipadamente e os que não colaborarem com as investigações terão a prisão solicitada.