O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por meio de sua Secretaria de Comunicação e multimídia rebateu 20 declarações mentirosas feitas pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) nesta segunda-feira (18.jul.2022) sobre o processo eletrônico de votação e ministros e ex-ministros da Corte.
Em reunião com embaixadores, Bolsonaro voltou a colocar a segurança do processo eleitoral em dúvida, a criticar decisões do TSE e a falar sobre possíveis fraudes ao sistema eletrônico de votação. O presidente não apresentou provas sobre as declarações contra as urnas. Ele vem há meses colocando em dúvida o processo eleitoral pelo o qual se elegeu 40 anos, mas agora, usa mentiras descaradas e delírios cosnpiracionistas para atacar as urnas, já que está notadamente em desvantagem para seu adversário Lula (PT), que até aqui lidera as corridas eleitorais das eleições de 2022.
Bolsonaro utilizou a transmissão da TV Brasil, uma emissora pública, para disseminar as informações falsas sobre o sistema eleitoral brasileiro. Especialistas políticos dizem que ele cometeu crime eleitoral e pode vir a ser cassado, caso se reeleja, ou mesmo ficar inelegível por usar uma emissora pública para mentir e tentar manipular a população em ano eleitoral.
- PODeclaração: Só 2 países do mundo usam sistema eletrônico semelhante ao brasileiro. Resposta: Além do Brasil, Butão e Bangladesh utilizam urnas eletrônicas. No último país, há registro físico do voto. Na França, há o uso do equipamento em cerca de 60 localidades. Nos EUA, há a utilização da urna em 6 Estados. Clique, aqui e aqui para acessar as respostas da Corte;
- Declaração: Hacker teve acesso a dados do TSE. Resposta: Ataque realizado em 2018 não violou a segurança das urnas, colocou em risco sistema de votação ou desviou votos de uma urna para a outra. Clique aqui, aqui, aqui, aqui e aqui para acessar as respostas da Corte;
- Declaração: Hacker poderia excluir nomes de candidatos. Resposta: Urna não pode ser manipulada via internet. Clique aqui para ler a resposta;
- Declaração: Logs da urna foram apagados. Resposta: Ataque não “representou qualquer risco à integridade das eleições” e “nada de anormal ocorreu”. Clique aqui e aqui para acessar as respostas da Corte;
- Declaração: PSDB disse que sistema eleitoral é inauditável. Resposta: Partido fez auditoria em 2014 e não encontrou indícios de fraude. Clique aqui e aqui para acessar as respostas da Corte;
- Declaração: TSE não imprime voto, mesmo com recomendação da Polícia Federal. Resposta: Introdução do registro impresso do voto representa riscos ao processo eleitoral, especialmente relacionados a fraudes, custódia e contagem de votos, quebra de sigilo do voto, judicialização dos resultados eleitorais e dificuldades operacionais e logísticas. Clique aqui para ler a resposta da Corte;
- Declaração: Observadores internacionais não conseguirão analisar a integridade do sistema, pois não há voto impresso. Resposta: “Organismos internacionais especializados em observação, como OEA e IFES, já iniciaram análise técnica sobre a urna eletrônica. Contarão com peritos em informática, com acesso ao código-fonte e todos os elementos necessários para avaliarem a transparência e integridade do sistema eletrônico de votação.” Clique aqui para ler a resposta da Corte;
- Declaração: Ministro Edson Fachin tornou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) inelegível. Resposta: “O ministro Luiz Edson Fachin ficou vencido no tema da execução da pena após a condenação em segunda instância e na competência da justiça eleitoral para julgar as ações oriundas de grandes esquemas de corrupção. Vencido, no entanto, não se furtou em aplicar a posição consolidada pelo Plenário. Sobre o tema do habeas corpus do ex-presidente, na semana anterior a que o ministro Fachin proferiu a decisão, foi aplicado o mesmo entendimento para deslocar a competência de uma investigação relacionada à Transpetro”;
- Declaração: Ministro Roberto Barroso indevidamente acusou Bolsonaro de vazar inquérito sigiloso, quando ele não era sigiloso. Resposta: “Corregedoria da PF disse que o inquérito era sigiloso pelo fato de ainda estar aberto”;
- Declaração: Empresa terceirizada é responsável pela contagem dos votos. Resposta: “O sistema de totalização é feito no TSE e é apresentado às entidades fiscalizadoras com um ano de antecedência bem como é lacrado em cerimônia pública”. Clique aqui para ler a resposta da Corte;
- Declaração: Fachin diz que auditoria não serve para questionar resultados. Resposta: “Frase retirada de contexto”;
- Declaração: Fachin foi advogado do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra). Resposta: Fachin nunca advogou para o Movimento Sem Terra.
- Declaração: TSE disse em 2018 que resultado das eleições daquele ano podem ter sido alterados. Resposta: O TSE nunca emitiu tal informação.
- Declaração: TSE não aceitou recomendações das Forças Armadas. Resposta: Mais de 70% das propostas feitas à Comissão de Transparência Eleitoral pelos seus integrantes foram aceitas, o que inclui propostas das Forças Armadas. Clique aqui, aqui, aqui, aqui e aqui para acessar as respostas da Corte;
- Declaração: Voto impresso é inconstitucional. Resposta: Voto impresso é menos seguro que o eletrônico e não garante a segurança das eleições. Clique aqui, aqui e aqui para acessar as respostas da Corte;
- Declaração: Bolsonaro questiona computador que faz totalização; Resposta: Computador físico que faz a totalização é seguro. Clique aqui para ler a resposta da Corte;
- Declaração: Urna completaria votos sozinha. Resposta: Vídeo que circula com a informação é falso. Clique aqui e aqui para acessar as respostas da Corte;
- Declaração: Votação não é transparente. Resposta: Boletins de urna podem ser acessados no site do TSE. Clique aqui e aqui para acessar as respostas da Corte;
- Declaração: Não há confiabilidade. Resposta: Auditoria disse que não há riscos relevantes às eleições de 2022. Clique aqui, aqui e aqui para acessar as respostas da Corte;
- Declaração: Polícia Federal disse que TSE é um “queijo suíço” , como uma espécie de “peneira”. Resposta: “A Justiça Eleitoral não tem conhecimento de tal afirmação feita pela Polícia Federal”.
FONTE: Poder360.