A agricultura familiar é responsável por 70% dos alimentos que chegam à mesa dos brasileiros, produzidos com qualidade e sem o uso de agrotóxicos. Este é o resultado da expansão dos programas criados desde o primeiro mandato do presidente Lula, promovendo a inclusão de milhões de pessoas no sistema produtivo para garantir subsistência alimentar e geração de renda.
Para Ponta Porã, as perspectivas são ainda melhores, não apenas pela grande quantidade de trabalhadores rurais de distritos e assentamentos, mas também em função da possibilidade que a população tem nestas eleições de mudar o modelo de gestão no município. Carlos Bernardo, candidato do PDT a prefeito, um empresário comprometido com as causas da agricultura familiar e da agroecologia, tem o apoio do presidente Lula para fazer esta mudança.
No último domingo, 29, este apoio foi renovado em duas grandes concentrações de pequenos agricultores, uma no Acampamento Alexandre Saballa, e outra no Hotel Pousada do Bosque. Em ambas, a superintendente Marina Nunes Viana, do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), disse que as portas do governo federal estão abertas para as iniciativas de Carlos Bernardo na luta por inclusão social e econômica, defesa do meio ambiente e combate às desigualdades, sobretudo por meio da agricultura famailiar.
PELO COLETIVO
Ao comentar a maciça presença de pequenos agricultores nas agendas com Carlos Bernardo, a representante do governo Lula afirmou: “Para o movimento popular e as organizações federais que estão no governo Lula, esta mobilização mostra famílias comprometidas com o projeto coletivo. Temos uma gestão federal que pensa a agricultura familiar, que pensa a reforma agrária. E aqui está a resposta, apoiando uma pessoa que a gente sabe que vai dar continuidade”, frisou.
Em seguida, Marina Nunes se disse convicta que Carlos Bernardo vai ser um prefeito parceiro da reforma agrária. “Não tem como falar que o Incra e o MDA vão criar novos assentamentos. Se o município não tiver pessoas comprometidas não avança”, argumentou. Com licenciatura em Educação do Campo pela Universidade Federal (UFMS), professora da rede estadual de ensino e dirigente do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Marina Nunes foi assessora do Programa de Segurança Alimentar de Mato Grosso do Sul.
INVESTIMENTOS
Ao ressaltar a importância e a necessidade urgente que o Brasil tem para produzir alimentos saudáveis, ela apontou a agroecologia como a solução mais eficaz. “A agroecologia é fundamental, sobretudo neste momento. Vivemos uma inconstância no meio ambiente, com queimadas, enchentes, agrotóxicos. A mobilização das organizações que plantam alimentação saudável para a sociedade prova que o Brasil, de fato, tem jeito. Tem um governante que busca reduzir o uso de agrotóxicos, fazendo com que plantem e produzam cada vez mais alimentos saudáveis para as mesas das famílias, da sociedade. É grandioso demais”.
Marina deu ênfase também ao Plano Safra 2024/25, com o qual Lula aumentou substancialmente o orçamento para os créditos, sendo R$ 76 bilhões para o Brasil e R$ 500 milhões para Mato Grosso do Sul. Neste bojo estão todos os tipos de crédito do Programa Nacional da Agricultura Familiar (Pronaf). No ano passado eram R$ 420 milhões e foram utilizados R$ 326 milhões. “O desejo das famílias assentadas é este: ter um crédito com valor expressivo, juros acessíveis de meio por cento, dez anos para pagar e ter seu investimento para sua produção”.
Ao concluir, ela elogiou o conteúdo programático no plano de metas de Carlos Bernardo e reiterou apoio. “Todos os assentados estão mexendo na questão da produção. É na questão de matrizes, do gado leiteiro, hortas, piscicultura com o tanque elevado para o peixe, que hoje é um dos grandes investimentos. O Pronaf Jovem, o Pronaf Mulher, enfim, são programas que atendem todas as famílias e o Carlos Bernardo vai implementá-los”.