O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) esteve ontem em Brasília reunido com ministro da justiça José Eduardo Cardozo para discutir a demarcação de terras indígenas em Mato Grosso do Sul e a segurança nas fronteiras do Estado com países vizinhos.
Acompanhado dos deputados federais Vander Loubet (PT) e Carlos Marun (PMDB), o governador conversou com Cardozo por mais de uma hora em busca de uma solução que contente produtores e índios.
Um dos principais assuntos do encontro foi indenização dos proprietários das terras da região do Buriti, em Sidrolândia. No entanto, não houve avanços. O ministro apenas se comprometeu a enviar ao estado um grupo de trabalho do ministério para tratar do assunto. Não foi definida data.
"O ministro vai levar um grupo de trabalho para tratarmos de todos os temas de interesse da pasta que ele dirige, principalmente a questão de fronteira e da área que envolve a negociação das terras da região da Buriti”, destacou.
O impasse das terras do Buriti já dura quase dois anos. A União oferece valor de R$ 80 milhões, e os produtores pedem R$ 130 milhões, conforme avaliação do mercado. No final de 2014, o governo federal propôs aos proprietários de terras já consideradas indígenas, pagar R$ 80 milhões de indenização com títulos do governo a serem resgatados em 2016, e exigiu que os produtores assinassem termo de compromisso de não acionar a União judicialmente para receber valor maior. O acordo não foi aceito pelos produtores.
No encontro com Cardozo, o governador lembrou a importância de atender os moradores da região de fronteira, que abriga 13 municípios de Mato Grosso do Sul e mais de 400 mil pessoas. “O Estado precisa criar infraestrutura e condições para levar melhorias aos moradores dessa importante região”, frisou Reinaldo depois do encontro com o ministro Cardozo.