07 de setembro de 2024
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VENEZUELA

Questionando sistema eleitoral brasileiro, Maduro manda Lula 'tomar um chá de camomila'

Declaração foi feita após presidente do Brasil se assustar com declaração do presidente venezuelano

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Nicolás Maduro, presidente da Venezuela pelo Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), fez críticas ao sistema eleitoral de Brasil, Estados Unidos e Colômbia durante um comício na terça-feira, 23 de julho de 2024. Maduro afirmou que esses países não auditam seus processos eleitorais, sem apresentar evidências que corroborassem sua declaração. Ele destacou que a Venezuela realiza 16 auditorias, caracterizando-o como o melhor sistema eleitoral do mundo. Maduro questionou especificamente os sistemas eleitorais dos Estados Unidos, Brasil e Colômbia, mencionando que estes não auditam nenhum registro eleitoral.

Em contraponto, as eleições no Brasil são reconhecidas por serem totalmente auditáveis, com acompanhamento de diversas organizações e partidos políticos em todas as etapas do processo eleitoral. As críticas de Maduro surgiram após o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), expressar preocupação com declarações anteriores de Maduro sobre o pleito venezuelano, agendado para domingo, 28 de julho de 2024.

Lula comentou que ficou "assustado" com a declaração de Maduro, feita em 17 de julho, sobre possível "banho de sangue" em caso de derrota nas eleições. Em resposta, Maduro afirmou que suas palavras foram uma reflexão, não mentiras, e sugeriu que aqueles que se sentiram amedrontados deveriam tomar um chá de camomila.

Anteriormente, em 20 de junho, Maduro havia se comprometido publicamente a respeitar os resultados eleitorais, apesar de manifestar preocupações com possíveis tentativas de golpe de Estado por parte da oposição. Seu principal concorrente nas eleições de 28 de julho é Edmundo González Urrutia, representando a coalizão de 11 partidos de centro-esquerda e centro-direita, conhecida como Plataforma Unitária Democrática. Pesquisas recentes do Instituto Delphos indicam que Edmundo González tem 59,1% das intenções de voto, enquanto Nicolás Maduro possui 24,6%.