Atual governador do Amapá, Antônio Waldez Góes da Silva, ou apenas Waldez Góes (PDT), de 61 anos, foi será ministro do Desenvolvimento e Integração Regional do governo Lula (PT). O anúncio foi feito na 5ª feira (29.dez.2022).
Góes nasceu em Gurupá (PA). É o mais novo de 16 irmãos, filho do seringueiro Otacílio Silva e de Isaura Góes.
O político, nascido no Pará, chegou ao Amapá ainda criança, e cursou o ensino básico em instituições de ensino da capital, como a Escola Paroquial Padre Dário, o Grupo Amapá, e o colégio Castelo Branco.
Em 1981 retornou ao Pará, na cidade de Castanhal, para iniciar o curso de técnico agrícola, na Escola Agrotécnica Federal de Castanhal, que concluiu no mesmo ano.
De volta ao Amapá em 1983, o político iniciou a carreira no serviço público, ocupando por 11 anos o cargo de agente de atividade agropecuária na Assistência Técnica e Extensão Rural do Amapá (Aster), órgão extinto.
Waldez Góes se filiou ao PDT em 1989 e disputou sua primeira eleição em 1990 para o cargo de deputado estadual. Naquele ano, Góes conseguiu ganhar a primeira disputa eleitoral.
Em 1993, Waldez se casou com Marilia Brito Xavier Góes, que também atua na área política do Amapá, como deputada estadual. Marília é delegada de Polícia Civil e mãe de sete filhos de Góes.
Ele foi reeleito deputado estadual pelo PDT em 1995.
Concorreu à prefeitura de Macapá em 1996, mas perdeu para Aníbal Barcelos
Em 1998, sofreu uma nova derrota, dessa vez nas eleições para governador do estado do Amapá. Foi vencido por João Capiberibe.
Diante da perda, em 1999, Góes foi morar no Rio de Janeiro para colaborar na administração do então eleito governador no Rio, Anthony Garotinho. Na época ele cursou políticas públicas, na Universidade Federal e iniciou o curso de direito na Universidade Estácio de Sá. Após dois anos de graduação, Góes não finalizou o curso de direito e voltou ao Amapá, para dar continuidade às atividades políticas.
De volta ao Amapá, em 2002, Góes finalmente conseguiu ser eleito governador do estado, após a disputa no segundo turno com Dalva Figueiredo, do PT.
Entre 2005 e 2006, Góes foi respectivamente admitido à Ordem de Rio Branco já em seu último grau, a Grã-Cruz suplementar, e à Ordem do Mérito Militar no grau de Grande-Oficial suplementar, ambas concedidas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Em 2006, foi reeleito em primeiro turno. Deixou o governo do estado no dia 4 de abril de 2010 para concorrer ao cargo de senador, deixando em seu lugar o vice-governador, Pedro Paulo Dias.Com 106.751 votos, ocupou o quarto lugar e foi derrotado por Randolfe Rodrigues, do PSOL, e por Gilvam Borges, do PMDB.
Em 2014, o político foi eleito pela 3ª vez ao cargo de governador, vencendo as eleições no segundo turno, com cerca de 220.256 eleitores, contra o candidato Camilo Capiberibe, do PSB. Reelegeu-se em 2018, obtendo cerca de 191.741 votos no segunto turno contra o então senador João Capiberibe.
Em 2020 enfrentou um apagão de vários dias em todo o estado, no qual foi cobrado por ter participado da privatização da Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA).
Em 2022 Clécio Luis Vilhena Vieira (Solidariedade) venceu a eleição estadual no 1º turno, com 53,69% dos votos válidos, e sucederá Góes.