Não demorou e o ex-governador André Puccinelli (PMDB) reuniu os depuatdos aliados a ele na Assembleia Legislativa pra definir estratégia de contra-ataque ao relatório de auditoria das contas públicas divulhgado na última terça-feira pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB).
Segundo o deputado Márcio Fernandes (PTdoB), hoje às 7h30 no escritório do ex-governador, além dele, Antonieta Amorim, Eduardo Rocha, Renato Câmara, todos do PMDB, e Lídio Lopes (PEN) se reuniram com Puccinelli para acertar detalhes de como o ex-chefe do Executivo Estadual irá proceder para rebater as afirmações de Azambuja, que, através dos dados apresentados, mostra que André teria deixado um rombo de, pelo menos, R$253 milhões no caixa do governo.
"O ex-governador está muito tranquilo, e agora ele vai esperar o relatório completo que será solicitado ao chefe da Casa Civil Sergio de Paula pelo deputado Eduardo Rocha. Sem o relatório em mãos é difícil determinar o que é divergente, mas já sabemos que algumas coisas não conferem, como André mesmo explicou, os números mudam de acordo com a interpretação de cada um", explica Márcio.
Segundo o deputado, Puccinelli usou como exemplo a "dívida" em relação aos empréstimos consignados. Conforme auditoria, R$ 153 milhões referente à folha de pessoal e pagamento de empréstimos consignados não estavam em caixa, o que, na visão do atual governo, pode ser considerado um calote ao erário público.
Puccinelli, porém, argumenta que, por lei, ele não era obrigado a deixar em caixa o valor, até porque, segundo o ex-governador, o Estado possui até dia 21 de janeiro de 2016 para quitar todos os débitos de empréstimos consignados juntos às instituições bancárias.
De acordo com Márcio assim que o relatório estiver com o deputado Eduardo Rocha, haverá uma nova reunião entre André e seus aliados para dar início ao que se pode chamar de "Frente de Defesa de Puccinelli."