24 de novembro de 2024
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PTdoB pode ser ‘carta na manga’ de Bernal para ter governo de coalizão entre Câmara e Prefeitura

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Durante evento na manhã desta segunda-feira (28) no gabinete da esplanada, o prefeito Alcides Bernal (PP) destacou pontos positivos e negativos de seus 30 dias novamente à frente da prefeitura, completados ontem (27). “Estamos atuando de forma responsável mesmo tendo problemas muito graves a serem resolvidos. Decretamos a suspensão de serviços não essenciais, fizemos cortes que representam uma redução de prejuízo em torno de 50%, ou seja, temos feito ações efetivas para reduzir os problemas. Visitei ministérios, defini secretarias, quando chegamos os médicos estavam em greve e conseguimos acabar com ela, a questão dos professores também foi resolvida, pois eles estão dando aula, ou seja as coisas começaram a caminhar. Temos um rombo milionário na prefeitura e nosso trabalho será resolver esses problemas emergenciais para depois pensar a longo prazo”, disse o prefeito. 

Instabilidade política

Com esses 30 dias, apesar de algumas medidas emergenciais serem tomadas, a relação entre o executivo e o legislativo ainda parece não ter sintonia, talvez pela “relação” do passado, em que Bernal foi cassado pelos vereadores. Bernal citou um clima de instabilidade política, que tem prejudicado avanços na retomada de relação com a casa.  “O que precisamos é de uma estabilidade política. A cada momento surgem boatos de que haveriam coisas de ordem política sobre o afastamento do presidente da Câmara, isso tudo é prejudicial e interfere na composição de um governo republicano firmando um pacto de governabilidade. Precisamos dessa tranquilidade política com relação a Câmara Municipal para que a gente possa fazer um governo de coalizão com pessoas que queiram atuar nesse sentido. Temos que resolver este problema na Câmara, a falta de um presidente definitivo atrapalha, e boatos podem começar a surgir influenciando a opinião pública. Hoje nosso maior problema são essas pessoas que fazem essas “ameaças” na internet de pessoas que são ligadas a investigação da Lama Asfáltica”, comentou o prefeito. 

Sem líder
“Isso interfere na escolha de um líder, é preciso ter tranquilidade dentro da Câmara para essa instabilidade acabar. Eu estive quatro vezes na Câmara, mesmo em algumas não sendo convidado, prestei contas, ou seja, não podem me cobrar por presença, lugar de prefeito é na prefeitura, então precisamos de uma Câmara que não dê instabilidade política e jurídica ao nosso município”, pontuou Bernal. 

PT do B como liderança
Mesmo com o ‘climão’, Bernal terá que contar por enquanto com o presidente da casa, Flávio Cesar (PT do B), até que surja alguma definição sobre o presidente afastado Mario Cesar (PMDB). Com o desgaste de Alex do PT, que nos últimos dias “cobrou” atitudes de Bernal e a bancada do partido declarando independência, um bom caminho ao prefeito seria escolher alguém que pudesse transitar e dialogar melhor com os vereadores, ou seja, alguém do PT do B, mesmo partido do presidente interino. 

O vereador Eduardo Romero (PT do B), afirmou ao MS Notícias que não houve nenhum convite e que não tem interesse em assumir este papel na Câmara. “Não pensei nisso e não tenho interesse em assumir este papel. Estou na independência, aquilo que eu puder ajudar eu vou fazer, mas não quero ter essa ligação direta. Não acho interessante, pois essa posição acaba sendo um porta-voz da administração, um advogado para defender o executivo e esse papel de “apagar incêndio” eu não quero ocupar”, diz Romero que não descartou uma posição favorável da bancada, porém ele não se viu na posição de líder na Câmara. Enquanto isso, o prefeito não tem um líder definido, deixando a decisão para os próximos capítulos da “novela” entre o executivo e o legislativo na Câmara Municipal em Campo Grande.