A Polícia Civil do Rio trabalha com uma hipótese de que Carlos Bolsonaro (PSC) possa estar envolvido no assassinato de Marielle Franco (PSOL) e seu motorista Anderson Gomes.
O caso está há 616 dias sem solução. Segundo disse o comentarista da CBN, Kennedy Alencar, nessa quarta-feira (20), a PC abriu essa linha de investigação, e averígua se Carlos teria uma relação próxima com o Ronnie Lessa, acusado de ter disparado contra Marielle e Anderson. O leque atenta-se ao detalhe de que Carlos e Marielle tiveram uma discussão forte na Câmara Municipal. Na ocasião, o vereador se recusou a entrar no mesmo elevador que Marielle.
Conforme o comentarista, nos bastidores, havia um clima de hostilidade entre os dois. “A polícia trata com cautela essa hipótese, mas ela faz parte da apuração do caso. O leque está em aberto”, disse.
O que sabia Marielle Franco? O que ela impediria? A Ascenção de um Governo? Ou mesmo, o que levara a sua execução de forma brutal, de modo a não restar possibilidade de sobreviver?
São os questionamentos abertos desde 14 de março de 2018, quando vereadora e motorista foram executados em uma emboscada no Rio de Janeiro.
Carlos Bolsonaro, por sua vez, apagou suas contas nas redes sociais cerca de uma semana antes da divulgação dessa nova linha de investigação da Polícia Civil.
Outra possibilidade levantada na investigação é de que o ex-deputado Domingos Brasão, ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Rio, tenha sido o mandante do assassinato.
O porteiro do condomínio Vivendas da Barra, onde moram no Rio o presidente Jair Bolsonaro, seu filho Carlos, e também morava Ronnie Lessa, acusado de ter assassinado a vereadora, mudou sua história. Nos dois depoimentos que prestou à Polícia Civil, contou que liberou a entrada de Élcio Queiroz autorizado pelo ‘seu Jair’, e anotou que o homem que naquela noite dirigiria o automóvel do crime ia para a casa 58. Do presidente.
À Polícia Federal, explicou que foi Ronnie quem liberou a entrada. De acordo com Lauro Jardim, nos primeiros depoimentos ele se sentiu pressionado por si próprio por ter anotado no caderno que o homem ia para a casa de Bolsonaro. Então mentiu. A Polícia Federal, agora, precisará descobrir se houve pressão de mais alguém.
Ontem, (20), o jornalista norte-americano Glenn Greenwald, fundador do site The Intercept Brasil, em inglês, adiantou ao mundo que o vereador Carlos Bolsonaro, seria suspeito pela morte de Marielle Franco.
Gleen tuitou que "Carluxo" excluiu todas as suas contas de mídia social, após a Globo informar que um os assassinos da ex-vereadora visitaram o condomínio onde mora o presidente Jair Bolsonaro.
“A Globo informou recentemente que um dos assassinos de Marielle (um policial militar, é claro) obteve acesso ao condomínio fechado de Bolsonaro, onde o outro assassino morava, ligando para a casa de Bolsonaro, onde Carlos costumava estar. Este mês, Carlos excluiu todas as suas contas de mídia social”, registrou Glenn.
Na noite de terça-feira (19), o Blog do Esmael anotou que Glenn Greenwald usou a hashtag #tictac para anunciar uma nova bomba que estava prestes a explodir. No entanto, até agora, o jornalista não precisou se o “artefato” foi este detonado ontem por Kennedy ou se trata de outro prestes “levar para os ares” o Palácio do Planalto.
VEJA O TUÍTE
Well-known Brazilian journalist @KennedyAlencar reporting that the Rio Civil Police are working with the hypothesis that Carlos Bolsonaro, President Bolsonaro's second son, was involved in the 2018 assassination of his fellow Rio City Council member Marielle Franco: https://t.co/U03libw7Nd
— Glenn Greenwald (@ggreenwald) November 20, 2019
*Com informações do Blog do Ismael, Globo e CBN.