19 de novembro de 2024
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Poderemos ter uma Câmara formada por desconhecidos de poucos votos

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O disse-me-disse que percorre os corredores da política asseguram que a Justiça não vai arrefecer em sua saga pela limpeza moral e ética em Campo Grande. Caso isso se concretize, teremos uma nova e surpreendente composição na Câmara Municipal. Saem os políticos mais “tradicionais” e ficam os amealhadores de votos.

Novas bancadas serão formadas e quase 50% da Câmara de Vereadores terá a seguinte composição: Antonio Ferreira da Cruz Filho – Dr. Antonio Cruz (PMDB), José Eduardo Cury – Dr. Cury do Samu (PTdoB), Clemêncio Frutuoso Ribeiro – Ribeiro (PMDB), Marcos Paulo Tiguman – Marcos Tiguman (PTdoB), Wilson Sami Saauma Ibrahim – Dr.Wilson Sami (PMDB), Josceli Roberto Gomes Pereira – Josceli Pereira (PTdoB), Cícero Ávila de Lima – Cícero Ávila (PTdoB), José Pedro Spina Moreira – Pedrinho Spina (PTB), Jacqueline Hildebrand Romero (PP), Francisco Gonçalves de Carvalho – Chico do CCZ (PSB) e Roberto Santos Durães – Durães (PT).

A se confirmar essa nova configuração, troca-se o total da soma dos vereadores eleitos que representavam 66.530 eleitores, por suplentes que somaram 38.844 votos. De todos os eleitores, 27.686 deixarão de ser representados no legislativo.

Estes novos representantes do povo devem substituir os vereadores supostamente implicados nas investigações por compra de votos para a cassação de Alcides Bernal (PP) e que estão sob investigação do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime (Gaeco): Paulo Siufi, Edil Albuqueque, Mario Cesar, do PMDB; Jamal Salem (PR), já substituído por Loester Nunes (PMDB); Carlão (PSB); Airton Saraiva (DEM); Engenheiro Edson Shimabukuru (PTB); Chocolate (PP); Otávio Trad, Eduardo Romero e Flávio Cesar, do PTdoB.

Ayrton de Araujo (PT) não foi até o momento citado nas investigações, mas escutas comprovam que o nome do deputado Cabo Almi foi mencionado nas escutas telefônicas obtidas com autorização judicial pelo Gaeco, falando em nome do vereador, seu ex-chefe de gabinete. Ayrton se ausentou durante votação da Comissão Processante.

Limpeza

Ainda que seja uma situação inusitada e que surpreendeu eleitores e até mesmo a classe política, eleitores ouvidos pela reportagem do MS Notícias, em sua maioria, entendem que está sendo benéfica por ter colocado às claras o esquema montado por empresários que sangra os cofres públicos em benefício de alguns e detrimento da própria Capital.

Alijadas do poder, as forças políticas tradicionais buscaram derrotar a vontade popular expressa nas urnas, usando de todas as artimanhas e brechas legais. A blindagem política, jurídica e religiosa propalada por Gilmar Olarte, não resistiu aos desacordos e ameaças de um grupo que se supôs acima e além da Lei. O excelente trabalho desenvolvido pelos agentes da Lei, e a independência demonstrada pelo Judiciário estadual, encerraram uma fase e deram novos ares, transformando o “Velho Centro-Oeste” em Terra de Lei.

Agora, é aguardar as determinações da administração que retoma o posto que lhe foi outorgado democraticamente pelas urnas e acreditar que erros não sejam repetidos, ou seja, a pouca disposições democrática para o diálogo com todas as correntes e o entendimento da importância do legislativo na composição de forças que devem, e podem, trabalhar para o bem comum.