A Polícia Federal (PF) indiciou, nesta 4ª-feira (11.dez.24), o presidente do PL em Mato Grosso do Sul, Aparecido Andrade Portela, o Tenente Portela, por envolvimento em um plano de golpe de Estado durante o governo de Jair Bolsonaro.
Além de Portela, foram indiciados Reginaldo Vieira de Abreu, ex-chefe de gabinete de Mário Fernandes, e o militar Rodrigo Bezerra de Azevedo, acusado de monitorar o ministro Alexandre de Moraes, do STF.
Com os novos indiciamentos, o inquérito agora soma 40 investigados, incluindo Bolsonaro, Braga Netto e Augusto Heleno.
A PF aponta que Portela intermediou o contato entre o governo Bolsonaro e os financiadores de manifestações antidemocráticas em Mato Grosso do Sul, no final de 2022.
Relatório da PF revela troca de mensagens entre Portela e Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, onde o termo "churrasco" é usado para se referir ao golpe.
Portela acreditava no sucesso do golpe e foi pressionado por apoiadores para que Bolsonaro consumasse a "ruptura institucional".
A PF destaca que Portela tem uma amizade de longa data com Bolsonaro e fez 13 visitas ao Palácio do Alvorada em dezembro de 2022.
Reginaldo Vieira de Abreu é acusado de ajudar Mário Fernandes a espalhar informações falsas sobre o sistema eleitoral brasileiro para impedir a posse do governo eleito.
Abreu também teria colaborado na manipulação de um relatório das Forças Armadas sobre as eleições de 2022, alinhando-o a dados falsificados.
Rodrigo Bezerra de Azevedo, conhecido como "kid-preto", foi envolvido no monitoramento ilegal de Alexandre de Moraes e participou de uma ação clandestina em dezembro de 2022.
A PF conclui que a ação visava prender ou executar o ministro do STF, Alexandre de Moraes.
O planejamento do golpe também incluía planos para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice-presidente Geraldo Alckmin.
As investigações continuam, com a PF aprofundando a apuração sobre os envolvidos e suas conexões com o governo Bolsonaro.