Os radicais bolsonaristas Oswaldo Eustáquio e Bismark Fugazza devem ser presos, determinou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A dupla de golpistas é responsável pelo canal no YouTube, 'Hipócritas', e atua incentivando atos antidemocráticos, liderando grupos radicais contra a posse do presidente eleito Lula (PT). Eles não aceitam a derrota de Jair Bolsonaro (PL).
Eustáquio chegou a ser preso pela Polícia Federal em 2020, por determinação de uma ordem de Moraes, nos autos do inquérito dos atos antidemocráticos ocorridos naquele ano.
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O blogueiro bolsonarista é um velho conhecido de Moraes, que para determinar a prisão, analisou que desde que saiu da cadeia, o radical vem descumprido as condições impostas para sua liberdade previstas no art. 310 no Código de Processo Penal.
Bismark é um digital influencer da extrema direita e entrou no olho do furacão porque ele promove e açula os atos antidemocráticos nas redes sociais, em desfavor ao Estado de Direito Democrático.
Moraes visa, com as ordens de prisão, manter a ordem pública e prevenir atos violentos há uma semana da festa da posse do novo presidente. A PF caça os radicais.
VIOLÊNCIA DOS GOLPISTAS
Vamos lembrar que neste final de semana natalino, o terrorista bolsonarista George Washington de Oliveira Sousa, de 54 anos, foi preso pela Polícia Civil do DF porque ele planejava explodir uma bomba nas proximidades do aeroporto internacional JK. O objetivo seria estabelecer o terror e o caos e, consequentemente, desencadear uma intervenção das forças armadas. A estratégia dos bolsonaristas é causar mortes e terror para então conquistar o tão sonhado por eles "estado de sítio" – quando há restrição de direitos e à atuação de Legislativo e Judiciário.
Em depoimento aos policiais, George disse que o ato foi planejado por integrantes de atos em favor de Bolsonaro, que ocorrem no quartel-general do Exército, em Brasília. Afirmou ainda que a instalação da bomba tinha o objetivo de "dar início ao caos" e que pretendia com isso, alcançar a decretação de estado de sítio no país.
Aos policiais civis, George disse que mora no Pará, e que foi para Brasília em 12 de novembro de 2022, para participar dos atos no quartel-general do Exército. Ele alegou que, em outubro do ano passado, tirou licenças de Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC) e, desde então, gastou R$ 160 mil para comprar pistolas, revólveres, fuzis, carabinas e munições.
No apartamento onde o autuado por terrorismo foi encontrado, os policiais encontraram um arsenal. Os documentos do homem, no entanto, estavam irregulares e, por isso, ele também foi autuado por posse e porte ilegal de arma de fogo e de uso restrito.
Ele disse que trouxe o material no próprio carro e que, se fosse parado por policiais, mentiria dizendo que ia participar de um concurso de tiro. George alegou que veio à capital para "aguardar o acionamento" para pegar em armas, e ainda que pretendia distribuir o equipamento a outras pessoas acampadas no QG do Exército. Veja esse assunto na íntegra na reportagem do g1.
MODUS OPERANDI
A violência é um modus operandi ("modo de operação"), dos grupos bolsonaristas. Basta lembrar que em 12 de dezembro, bolsonaristas tentaram invadir a sede administrativa da PF no DF, após a prisão de um indígena golpista bolsonarista. Carros e ônibus foram incendiados durante uma tentativa de invasão na sede da Polícia Federal.
Também foram realizados protestos e xingamentos de Lula em frente ao hotel que ele está hospedado em Brasília, no período da transição.
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