Jair Bolsonaro chega a 54% de rejeição de seu governo e é descartado para reeleição por mais da metade dos brasileiros. Já seu principal oponente, o ex-presidente Lula, cresceu ainda mais em pesquisa da XP/Ipespe divulgada ontem (17.ago.21).
A tendência coloca Lula como o presidente eleito em 2022. No levantamento de agosto, ele aparece com 40%, 2 pontos percentuais a mais que na pesquisa anterior, enquanto Bolsonaro tem 24%, 2 pontos a menos que na última sondagem. Nenhum dos candidatos poderia vencer Lula com as pontuações atuais.
Num cenário 1 - Evolução, A XP perguntou: "Se a eleição para presidente fosse hoje e os candidatos fossem esses que vou ler, em quem o(a) sr.(a.) votaria?"
Em um 2º cenário, a XP perguntou: "Se a eleição para presidente fosse hoje e os candidatos fossem esses outros que vou ler, em quem o(a) sr(a) votaria?".
Num eventual 2º turno Lula ampliou vantagem sobre Bolsonaro. O petista oscilou 2 pontos para mais, e Bolsonaro, 3 para menos. Agora o ex-presidente venceria com 51% contra 32% do atual presidente.
Esta é a quinta pesquisa em que o ex-presidente repete a tendência de alta – ele tinha 25% em março, quando seu nome voltou a ser testado.
A pesquisa também trouxe "boas novas" à Ciro Gomes. Em simulação de segundo turno, Ciro teria doze pontos a mais que Bolsonaro. Os entrevistados foram perguntados: "Se houver um segundo turno na eleição para presidente e os candidatos fossem esses que vou ler, em qual dos dois o(a) sr(a) votaria para presidente?".
Se Ciro chegasse ao segundo turno contra Lula, amargaria derrota, já que Lula teria 49% dos votos.
Em uma das simulações, Moro aparece com 36% contra 30% de Bolsonaro. "Se houver um segundo turno na eleição para presidente e os candidatos fossem esses que vou ler, em qual dos dois o(a) sr(a) votaria para presidente".
Já se chegasse a um segundo turno contra Lula, Sérgio Moro também seria derrotado. Lula mantém ampla vantagem com 49% contra 34% do ex-minsitro da Justiça.
Se o confronto tivesse apenas João Doria e Bolsonaro, a pesquisa diz que o tucano cresceu 3 pontos e tem 37% contra 35% de Bolsonaro em um eventual segundo turno.
A XP analisou o nome de Luiz Henrique Mandetta (ex-ministro da Sáude) num eventual segundo turno contra Jair Bolsonaro. Mandetta oscilou 3 pontos e foi a 38% contra 34% de Bolsonaro em simulação.
A XP colocou no pário eleitoral de 2022 o nome do peessedebista Eduardo Leite - governador do Rio Grande do Sul. Em simulação, Eduardo Leite avançou 3 pontos e chegou a 35% contra 33% de Bolsonaro.
Se tentasse concorrer um segundo turno contra Lula, Eduardo Leite teria 22% dos votos, contra 51% do pestista.
O petista também lidera cenário alternativo, em que há João Doria (tem 5% dos votos) quando testado no lugar de Leite e em que são incluídos Datena (registra 5%) e Rodrigo Pacheco (1%) e é excluído Sérgio Moro.
Lula também continua registrando crescimento no levantamento espontâneo, quando o nome dos candidatos não é apresentado ao entrevistado: ele passou de 25% para 28%, enquanto Bolsonaro segue estável com 22%.
ATUAL GOVERNO
A rejeição ao governo Bolsonaro cresceu 2%, antes era 52% que achava seu governo “ruim ou péssimo”, na pesquisa de ontem, 54% consideraram o governo bolsonarista ‘ruim ou péssimo’, observa-se o derretimento do apoio ao governo desde outubro de 2020, quando 31% diziam considerar a gestão ruim ou péssima.
Já os defensores de Bolsonaro estão esvaziando. Pois, na pesquisa de ontem apenas 23% disseram gostar da administração bolsonarista. Essa é a pior pontuação de Jair Bolsonaro desde 2018, quando assumiu o comando do país.
De acordo com a XP, ao passo que economia sofre o apoio a Bolsonaro diminuiu. 63% acham que o governo segue caminhos errados no comando da economia brasileira.
52% acreditam que o atual governo seguirá "ruim ou péssimo" até o final.
A XP disse que foram realizadas 1.000 entrevistas, de abrangência nacional, de 11 a 14 de agosto. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais.
46% acreditam que nos próximos 6 meses a corrupção no governo irá aumentar.
PANDEMIA
A pesquisa registrou também estabilidade sobre o sentimento da população em relação à pandemia: o grupo dos que dizem estar com muito medo do surto oscilou de 38% para 39%; esta é a primeira vez desde abril que essa fatia dos entrevistados não reduz seu tamanho.
No mesmo assunto, a soma das pessoas que já se vacinaram com as que dizem que vão se vacinar com certeza atingiu seu maior patamar, chegando a 96%.
EM 2022
O interesse em relação ao pleito está em alta. Hoje são 49% os que dizem estar muito interessados na eleição, contra 46% na pesquisa anterior. Acesse AQUI a pesquisa na íntegra.