O condenado do mensalão, presidente do Partido Liberal (PL) da extrema direita brasileira, Valdemar Costa Neto, advogado e amigo de Jair Bolsonaro (ex-presidente), continuará preso. Valdemar foi flagrado nesta 5ª feira (8.fev.24) com uma pepita de ouro e uma arma de fogo ilegal, durante a Operação Tempus Veritates, da Polícia Federal (PF).
Inicialmente, as buscas miraram Valdemar por ele ser suspeito de integrar a turba golpista pró-Bolsonaro que planejou os atos do 8 de janeiro para pavimentar um golpe de estado, após a derrota do bolsonarismo para o atual presidente Lula (PT).
- Veja aqui quem são os presos e demais alvos da Tempus Veritates.
- Tudo sobre o 8 de janeiro no MS Notícias.
No entanto, durante buscas, no quarto do hotel Meliá, em Brasília, onde reside o presidente do PL, a PF encontrou em posse de Valdemar uma pepita de ouro com 95,26% de grau de pureza, segundo a perícia. A peça pesou 39,18 gramas. Além disso a PF apreendeu um revólver calibre 38 com o extremista.
Valdemar ficará preso por posse ilegal de arma de fogo e por usurpação mineral. Não cabe fiança.
OPERAÇÃO TEMPUS VERITATIS
Como mostramos aqui no MS Notícias, a PF cumpre nesta 5ª feira (8.fev.24), ao menos 33 buscas em dez estados contra generais, coroneis, assessores, aliados políticos e contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Além de Valdemar Costa Neto, também foram presos hoje:
- Filipe Martins, ex-assessor especial de Bolsonaro;
- Marcelo Câmara, coronel da reserva do Exército citado em investigações como a dos presentes oficiais vendidos pela gestão Bolsonaro e a das supostas fraudes nos cartões de vacina da família Bolsonaro;
- Rafael Martins, major das Forças Especiais do Exército.
Jair Bolsonaro e aliados militares teriam sido delatados por Mauro Cid.
As diligências integram a nova fase das investigações que miram o gabinete do ódio durante o governo
do ex-presidente.
A operação foi chamada de "Tempus Veritatis", que siguinifica: "hora da verdade", em latim.