27 de dezembro de 2024
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Pastor bolsonarista, Milton Ribeiro cai após escândalo de corrupção no MEC

Ribeiro ficou 20 meses no cargo e já é o 3º ministro de Bolsonaro no ministério

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O pastor evangélico bolsonarista e ministro da Educação, Milton Ribeiro, pediu exoneração do Ministério da Educação (MEC) nesta segunda-feira (28.mar.22), dez dias após o Estadão revelar um escândalo de corrupção, envolvendo o ministro e os pastores amigos de Jair Bolsonaro, Gilmar Santos e Arilton Moura

As acusações indicam que havia sido montado um "gabinete paralelo" dentro do MEC, destinando aos pastores "amigos de bolsonaro" distribuir a verba do MEC para municípios. 

Segundo a denúncia, os pastores estariam recebendo propina em "barras de ouro" para destinar as verbas. Mostramos aqui no MS Notícias, que na reportagem o Estadão trouxe áudios que revelam que Milton foi ordenado a "beneficiar com verba", primeiro, os pedidos de pastores "amigos de Bolsonaro". A solicitação teria partido do próprio presidente da república.  

(Brasília - DF, 25/04/2019) Presidente Jair Bolsonaro durante encontro com Pastor Gilmar dos Santos, Presidente da Igreja Assembleia de Deus de Missão de Todos os Santos; Pastor Airton Moura Correia, Igreja Assembleia de Deus de Missão de Todos os Santos e Pastor José do Nascimento Pires Sampaio Junior, Igreja Assembleia de Deus de Missão de Todos os Santos. Foto: Marcos Corrêa/PR

Ao entregar a carta de sua demissão nesta segunda-feira, Ribeiro disse estar de "Coração partido".  

O pedido de demissão ocorre também no mesmo dia em que o Estadão revelou que em evento do MEC foram distribuídas Bíblias com fotos do ministro, que para especialistas ato pode ser enquadrado como crime.

O ministro havia colocado o cargo à disposição para evitar danos maiores à campanha de reeleição do presidente Jair Bolsonaro. A demissão já está publicada em edição extra do Diário Oficial.

O secretário-executivo da Educação, Victor Godoy, assume automaticamente como ministro substituto, já que não é necessária nova nomeação por se tratar do nº 2 do órgão. Ele tomou posse no MEC em 22 de julho de 2020, no início da gestão de Milton Ribeiro.

Ribeiro ficou 20 meses no cargo e já é o 3º ministro de Bolsonaro no MEC. Havia tomado posse em 16 de julho de 2020, substituindo Abraham Weintraub. O agora ex-titular da Educação afirmou, no entanto, que pretende voltar ao cargo quando for demonstrada sua “inocência”.