A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Enersul, oficializada na última terça-feira na AL (Assembleia Legislativa) do Estado, já tem os cinco membros dos partidos escolhidos. A presidência, de acordo com Marquinhos Trad (PMDB), já ficou definida com o nome de Paulo Corrêa.
O objetivo dessa Comissão é investigar levantamento da auditoria realizada pela PWC (Price Water House Coopers), que constatou o desvio de R$ 700 milhões e a existência de uma folha confidencial para pagar mensalmente 35 pessoas físicas e jurídicas, configurando uma espécie de mensalão, entre os anos de 2010 e 2015.
De acordo com o peemedebista, em reunião na casa do deputado estadual Maurício Picarelli (PMDB), com os 18 membros da base aliada do governo tucano de Reinaldo Azambuja, ficou definido, após a saída de Trad do encontro, que o nome de Paulo Corrêa seria indicado para presidente e o de Beto Pereira (PDT) para relator da Comissão.
O brasileiro está acostumado com CPI’s que acabam em “pizza”, e no Estado parece não ser diferente. Conforme declaração do deputado, fica a dúvida se o sul-mato-grossense pode confiar no trabalho dos parlamentares, que têm o poder de fiscalização, já que os escolhidos seriam, então, mais superficiais nas investigações. “Eles esperaram eu sair da reunião para definir os nomes. Eles disseram que se eu fosse o presidente iria muito a fundo nas investigações e poderia prejudicar a Energisa”. A Energisa é a atual concessionária responsável pelo abastecimento elétrico no Estado.
Cada partido indica um nome para titular e um para suplente. Os nomes escolhidos do PMDB são de Marquinhos Trad e Renato Câmara; do PSDB, Onevan de Matos e Flavio Kaiatt; PT, Pedro Kemp e João Grandão. O “blocão”, formado pelo restante dos partidos indicou dois membros, Paulo Corrêa e Barbosinha (PSB) e Beto Pereira e Mara Caseiro (PT do B), respectivamente.