O prefeito afastado de Campo Grande, Gilmar Olarte, protocolou mais uma petição ao pedido de habeas corpus que tramita no STJ (Supeiror Tribunal de Justiça) na tentativa de interromper a investigação da Operação Coffee Break, desenvolvida pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).
Segundo site do STJ, no dia 20 de novembro, petição que reitera pedido de Olarte de "travar" Coffee Break foi protocolada. Nesta segunda-feira (23), o processo, finalmente, chegou às mãos do ministro relator Reynaldo Soares da Fonseca da Quinta Turma, que pode, a qualquer momento, decidir se aceita ou não pedido de Olarte.
O vice-prefeito é alvo da Operação Coffee Break que investiga se houve esquema para comprar votos de vereadores da Capital, em 2014, com intuito de cassar mandato do prefeito Alcides Bernal, o que aconteceu no dia 12 de março daquele ano. Com queda de Bernal, Olarte assumiu Prefeitura de Campo Grande, que administrou até 25 de agosto de 2015 quando foi afastado do cargo pela Justiça de Mato Grosso do Sul, que atendeu pedido do Gaeco, e afastou também presidente da Câmara da Capital, vereador Mario Cesar (PMDB).
Olarte, assim como Mario, e os empresários João Amorim e João Baird são investigados pelo Gaeco pela suposta compra de votos. A investigação teve início depois da deflagração da Operação Lama Asfáltica da Polícia Federal, que gravou em escutas telefônicas, conversas entre Amorim e Mario Cesar e também entre alguns vereadores da Capital em que eles falam do processo de cassação.
O vice-prefeito passou cinco dias presos entre final de setembro de começo de outubro deste ano a pedido do Gaeco. Já o empresário João Amorim, que no dia 30 de setembro também teve ordem de prisão decretada pela Justiça conseguiu habeas corpus e passou apenas 34 horas na cadeia.