Em coletiva de imprensa, o prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte (PP), detalha as propostas que a prefeitura municipal vai encaminhar ao Ministério da Saúde para pagamento da dívida de R$8,2 milhões, usados na contratação do Gerenciamento de Informações Integradas da Saúde (GISA), sistema de agendamento de consultas contratado na gestão do secretário municipal de saúde Luiz Henrique Mandetta, atual deputado federal pelo DEM, e autorizado pelo então prefeito Nelson Trad Filho (PMDB).

Conforme Olarte a dívida deverá ser paga de forma que as finanças não sejam prejudicadas. Hoje, a prefeitura fez uma transferência ao Ministério da Saúde no valor de R$ 1,5 milhão, como forma de ‘sinal’. O restante, ainda de acordo com gestor municipal, deverá ser pago em 60 parcelas, que podem variar de R$100 mil a R$200 mil. A confirmação do valor das parcelas pelo Ministério da Saúde deve ser dada até a próxima sexta-feira por meio da internet.

“É uma imposição. Se pudesse não devolveria o valor nesse momento. Apesar de estarmos com as contas equilibradas, a saúde financeira não está boa”, disse o prefeito. Segundo Olarte, a prefeitura e a secretaria de finanças já se organizaram estrategicamente para enxugar os gastos para evitar mais prejuízos.

Outro ponto ressaltado por Gilmar Olarte durante a coletiva de imprensa é que ele optou por pagar a dívida, ocasionada pelo sistema Gisa, para que recursos federais, como PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), não sejam cortados.

“Estou indignado, não estou feliz com a situação. Mas o gestor precisa ter coragem para olhar os problemas sem hipocrisia e saber tomar decisões para defender os interesses da população”, frisou o gestor municipal.

O prefeito finalizou a coletiva dizendo que irá acionar a justiça por meio do Ministério Público para que os verdadeiros responsáveis pela contratação do sistema Gisa, sem citar nomes, sejam punidos e que os valores da dívida sejam ressarcidos.