Na última quinta-feira (12.mai.22), o ex-prefeito de Belo Horizonte e pré-candidato a governador de Minas Gerais Alexandre Kalil (PSD) declarou seu "amor" ao ex-presidente Lula (PT) por meio de suas contas em redes sociais. No vídeo, Kalil declara categoricamente seu desejo de fazer "aliança formal" com Lula.
O desejo não é à toa: pesquisa Genial/Quaest divulgada na sexta-feira (13.mai.22) aponta que, com o apoio lulista, Kalil chega a ter 53% de intenção de votos válidos.
O movimento do pré-candidato vem após rumores causados pela sua ausência nas agendas cumpridas pelo ex-presidente em Minas. Kalil não participou das atividades com Lula e isso abriu margem para a leitura de que o pesededista não estaria interessado em uma aliança com o petista.
Para o deputado federal Vander Loubet (PT), principal articulador político do Partido dos Trabalhadores em Mato Grosso do Sul, esse movimento ocorrido em Minas Gerais deve em breve atingir outros estados, inclusive o nosso.
"Como tenho dito, não há espaço para a terceira via. Essa eleição presidencial será uma eleição polarizada entre Lula e o Bolsonaro. Aliás, eu iria além, acho que será uma eleição plebiscitária. Por isso, as candidaturas de governadores nos estados vão ter que tomar um caminho. Quem ficar em cima do muro pode não ter chance de vitória", aposta o parlamentar pantaneiro.
De acordo com Vander, a tendência é que a pré-candidatura da advogada Giselle Marques ganhe corpo e volume a medida em que o apoio de Lula ficar consolidado na visão do eleitorado. O deputado defende que Giselle poderia herdar pelo menos metade do percentual de votos de Lula em MS, o que poderia colocá-la no segundo turno.
O petista ainda acredita que o potencial de transferência de voto, tanto de Lula quanto de Bolsonaro, aumentará a pressão sobre os pré-candidatos que ainda não tomaram uma posição.
"Mais cedo ou mais tarde, todos os pré-candidatos de Mato Grosso do Sul terão que anunciar seus caminhos. E por termos aqui um cenário de dois turnos, anunciar mais cedo essa definição pode ser determinante para ter vantagem lá na frente", conclui Vander.