22 de novembro de 2024
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GOVERNO BOLSONARO

Mourão e Paulo Guedes sofrem "humilhação", dizem políticos e internautas

Nova modificação de Bolsonaro coloca o Centrão no comando da Casa Civil

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A viagem a Angola que o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) fez com um grupo de bispos da Igreja Universal está sendo motivo de piada nas redes sociais. Aproveitando a má fase, Jair Bolsonaro anunciou uma reforma ministerial que submete Paulo Guedes também a uma humilhação. "Perder parte do ministério para o Onyx é uma humilhação", escreveu Rodrigo Maia.

Os episódios são quase simultâneos. 

MOURÃO -  O vice-presidente fez uma viagem diplomática à Angola onde representou o Brasil na Cúpula das Comunidades dos Países de Língua Portuguesa, mas o objetivo era bater um papo com o presidente angolano, o general João Lourenço, para que ele aceitasse de volta no país  a atuação da Igreja Universal, de Edir Macedo, aliado de Bolsonaro.  Mas a viagem foi negativa e levou a palavra “humilhação” aos assuntos mais comentados do Twitter nesta quarta.    

O presidente angolano é conhecido em todo mundo por ser rigoroso no combate a corrupção e quando foi solicitado para intermediar a briga da igreja, ele foi sucinto dizendo que o estado angolano "não é uma empresa". 

A Igreja está expulsa do país acusada de desvio de dinheiro para o Brasil.

GUEDES - No caso do ministro da Economia, é devido ele ter perdido a pasta do trabalho, que voltará a ser o ministério do Trabalho, antes na responsabilidade de Guedes, agora passará a ser chefiado por Onyx Lorenzoni.

Jair Bolsonaro teve que mexer nas cadeiras dos seus aliados para encaixar o senador Ciro Nogueira, que deve ser nomeado para a Casa Civil, atualmente comandada pelo general Luiz Eduardo Ramos, que deve ir para a Secretaria-Geral da Presidência no lugar de Onyx. 

"Tem novidades na nossa organização estrutural, vamos fazer uma mudança organizacional. Essas novidades são exatamente na direção de emprego e renda. Acelera o ritmo de criação de empregos", explicou o Guedes em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (21.jul.21), para comentar os resultados da arrecadação federal de junho.

Hoje, as responsabilidades do antigo Ministério do Trabalho são geridas pelo secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Bianco. A área de geração de empregos tem sido motivo de comemoração do governo desde o segundo semestre de 2020, quando o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) voltou a registrar números positivo sobre a criação de novas vagas de emprego no mercado de trabalho formal, mesmo em meio às crises econômica e sanitária. 

Ainda este ano, é esperado o anúncio de um novo programa de estímulo à empregos para trabalhadores informais, desenhado pela secretaria de Bianco, o Bônus de Inclusão Produtiva (BIP) e o Benefício de Incentivo à Qualificação (BIQ). Ambos os benefícios estão previstos na Medida Provisória 1.045, que prorrogou o bem e deverá ser votada no retorno do recesso legislativo.

CRÍTICAS DE ALIADOS - Apoiadores bolsonaristas manifestaram nesta 4ª feira descontentamento com a decisão do presidente Jair Bolsonaro de cotar ao posto de ministro-chefe da Casa Civil o senador Ciro Nogueira (PP-PI). 

Um vídeo de uma entrevista na qual Ciro, em 2017, chama Bolsonaro de “fascista” foi resgatado e repercutiu nas redes sociais. Na ocasião, disse também que o ex-presidente Lula foi o melhor presidente que o país já teve.

DERRETIMENTO - Jair Bolsonaro e a sua gestão frente ao Palácio do Planalto seguem em seu momento de maior rejeição, segundo pesquisa PoderData realizada nesta semana (19-21.jul.2021). As taxas ficaram estáveis em relação às do levantamento anterior, feito 15 dias antes, com variações dentro da margem de erro de 2 pontos percentuais.

Na pesquisa divulgada nesta 4ª feira (21.jul.2021), 56% avaliam o presidente como ruim ou péssimo, uma oscilação de 1 ponto para cima em relação a duas semanas antes. Para 26%, o desempenho de Bolsonaro é bom ou ótimo; 15% o avaliam como regular. (VEJA)