Moradores de Bandeirantes (MS), cidade localizada às margens da BR-163, realizarão um protesto no sábado (9.nov.24), às 8h, em frente à rodovia. O ato é uma resposta à crescente violência no trânsito da região e visa cobrar mais segurança e respeito aos cidadãos.
O protesto ocorre após, na tarde de 4ª feira (7.nov.24), a estudante Edilaine Cristina Lescano, de 20 anos, morre atropelada por uma caminhonete no km 548 da BR-163. "É um movimento da comunidade. Eu conversei há pouco com a mãe da menina. A mãe vai estar presente, cobrando. A pauta é reivindicar, porque foram retirados os redutores não só de Bandeirantes. É complicado essa travessia, porque a velocidade aumentou, tem a placa, mas os caras ignoram. Às vezes, um cara segura e um carreteiro mete buzina", ralatou o comerciante, Marinho Serba, 52 anos, um dos articuladores da manifestação.
De acordo com ele, que tem um comércio nas proximidades da via, essa é a segunda morte de pedestres no trecho da rodovia. "A outra vítima era um homem de uns 40 anos, foi à noite essa, imagin que num intervalo de cinco meses", disse Marinho.
A BR-163 é considerada a "Rodovia da Morte" devido ao número elevado de acidentes fatais. Moradores, familiares de vítimas e estudantes se uniram para cobrar das autoridades medidas concretas para melhorar a segurança no local.
Em um abaixo-assinado que circula pela cidade, os moradores exigem a retomada da duplicação da rodovia, a construção de passarelas e a instalação de semáforos no perímetro urbano.
Além disso, a população cobra a instalação de redutores eletrônicos de velocidade, maior sinalização e a redução dos limites de velocidade, medidas que consideram fundamentais para evitar novas tragédias.
O movimento também solicita a intervenção das autoridades competentes, como a concessionária CCR-MS Vias, o Governo Federal, a bancada federal de MS, a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) e o DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes).
Os moradores de Bandeirantes destacam que, além de tragédias como a de Edilaine, a falta de infraestrutura adequada tem gerado um clima de insegurança constante para quem precisa atravessar a BR-163 para acessar serviços básicos ou se deslocar dentro da cidade.
O protesto será realizado no km 548 da BR-163, onde ocorreu o acidente, e o abaixo assinado será preenchido no local.