22 de dezembro de 2024
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Mario Cesar quer a Câmara em ritmo de Ação Propositiva, para a Capital sair do imobilismo

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Os vereadores da base aliada do prefeito Gilmar Olarte continuam se indignando com algumas secretarias que tem sistematicamente ignorando os pedidos da Casa, ou aparentemente demonstrando inoperância em suas ações. A palavra de ordem na sessão de terça-feira (3) foi “Ação Propositiva”, conforme definiu o presidente da Câmara, Mario Cesar (PMDB).

“Gostaríamos que alguns secretários fizessem, ao menos, o feijão com arroz, para que a cidade possa ter atendidas coisas básicas. Não precisa fazer mais que isso, se não há capacidade para tal, mas que resolvam os problemas que se apresentam e, por inoperância, terminam por se acumular”, disse Mario Cesar.

Mencionando a manifestação dos artistas e agentes culturais que ocuparam a Fundac (Fundação Municipal de Cultura), alguns foram à Câmara em busca de apoio às suas reivindicações, vereadores se dizem indignados com a inoperância de alguns auxiliares diretos do prefeito Gilmar Olarte (PP).

“Somos a base de apoio de Campo Grande, antes de sermos aliados ao Prefeito”, definiu o presidente da Câmara, deixando evidente que se Olarte não cobrar competência de sua equipe, poderá ficar isolado. A derrubada de todos os vetos do prefeito na sessão de ontem são uma amostra clara de dissonância entre os dois poderes municipais.

Os buracos que se acumulam, a falta de limpeza de vias e praças, o desvio de função da Guarda Municipal, o calote da Fundac e outros problemas que estão sendo cobrados pela população, indicam letargia do secretariado de Olarte, e isso reflete diretamente na Câmara, pois os vereadores, por serem os que têm contato mais direto com a população, acaba por serem mais cobrados.

A Ação Propositiva visa dar maior agilidade para a resolução dos pequenos problemas que se avolumam. “Não vamos sequer cobrar projetos mais elaborados, mas temos que ter uma solução para os problemas que, ainda que pequenos, prejudicam de forma direta a população. Estamos estendendo a mão para o Executivo e prontos a auxiliar naquilo que for necessário. Pretendemos manter as críticas e fazê-las de forma construtiva. Esperamos que dessa forma a Capital consiga ter atendidas suas necessidades básicas”, disse Mario Cesar.

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Parte dos vereadores dá apoio à posição do presidente na Casa e têm feito cobranças e exigido explicações dos secretários, mas as respostas têm vindo apenas através do líder do prefeito, Edil Albuquerque (PMDB) que, não fosse pela sua experiência e conhecimento da máquina administrativa, já teria cavado um fosso ainda mais profundo de separação entre legislativo e executivo.

A insatisfação é clara nas falas de Eduardo Romero (PTdoB), Chiquinho Telles (PSD), Paulo Siufi e Vanderlei Cabeludo (PMDB) além dos vereadores de oposição, Paulo Pedra (PDT), Luiza Ribeiro (PPS), Ayrton Araújo, Alex e Thais Helena (PT), Cazuza (PP).