André Puccinelli, 75, já foi prefeito (de Campo Grande, duas vezes), governador (de Mato Grosso do Sul, em duas gestões), deputado estadual e deputado federal. Só lhe faltaram o Senado e a Câmara de Vereadores para ter ocupado todos os postos políticos eletivos no Estado. Este vácuo pode ser preenchido em outubro vindouro, quando serão escolhidos os próximos ocupantes do Executivo e do Legislativo.
Pré-candidato e liderando as intenções de votos em pesquisas para a prefeitura da Capital, Puccinelli pode estar optando por outro desafio, o de disputar uma vaga na Câmara de Vereadores. Em princípio, esta seria uma hipótese descartável ou fruto de fantasiosa especulação. Porém, fontes bem próximas do líder emedebista acabam de dar a surpreendente informação ao MS Notícias, nesta quarta-feira, 29.
MOTIVAÇÕES
Segredaram estas fontes que Puccinelli está para tomar a decisão de trocar a candidatura a prefeito pela de vereador, embora tenha vantagem sobre a concorrência na corrida sucessória. Há razões, segundo se apurou, para a troca de status na escala eleitoral. As condições para uma campanha majoritária na maior cidade sul-mato-grossense são das mais exigentes, sobretudo nos custos financeiros e no sacrifício que se impõe à família e aos negócios particulares.
Em contrapartida, concorrer à vereança pode se converter em uma solução política e partidariamente providencial para o próprio MDB. Com Pucccinelli de candidato e potencializando o cacife eleitoral, o partido teria a chance ampliada de aumentar a bancada na Câmara Municipal e ganhar um novo oxigênio para sua revitalização.
Além de recuperar votos e espaços que perdeu em outras eleições, o MDB ficaria muito mais interessante para outras grandes forças que estão em busca de parcerias de elevado poder competitivo. Com Puccinelli na chapa proporcional, os emedebistas ficam disponíveis para alianças e até formação nas chapas majoritárias.
As principais siglas locais – entre as quais o PP, o PSDB e o União Brasil – querem ter o ex-prefeito o seu lado e até já fizeram contato com ele para abrir conversações. Os entendimentos só não se consumaram porque o MDB ainda tem Puccinelli como pré-candidato a prefeito.