Integrantes do PSOL entraram ontem (13) com pedido de cassação de mandato do presidente da Câmara Federal, deputado Eduardo Cunha (PMDB/RJ), no Conselho de Ética da Casa de Leis. Eles alegam quebra de decoro parlamentar do deputado. A solicitação recebeu apoio de integrantes do Rede e outras 50 assinaturas de sete partidos ( PSOL, Rede, PT, PSB, Pros, PPS e PMDB).
De acordo com Agência Brasil, a solicitação foi embasada em documento enviado há uma semana pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que confirma as informações de que Cunha e familiares têm contas na Suíça e que, supostamente teriam recebido dinheiro indevido de pagamento de propina por meio de contratos da Petrobrás, investigados na Operação Lava Jato.
Conforme o líder do PSOL, Chico Alencar (RJ), a quebra de decoro ocorreu quando Eduardo mentiu sobre a existência das contas ao prestar depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras. O PSOL diz que reuniu na peça um conjunto probatório de evidências contra Cunha e anexou cerca de 100 páginas com as informações recebidas da PGR, depoimentos de delatores da Lava Jato que citam Eduardo Cunha e matérias veiculadas na imprensa.
O partido também usa como argumento para a quebra de decoro a denúncia da PGR ao Supremo, segundo a qual Cunha cometeu os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.