28 de dezembro de 2024
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Justiça 'bate martelo' e Bernal continua na prefeitura de Campo Grande

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Após o MP-MS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) pedir afastamento do prefeito Alcides Bernal por improbidade administrativa, de acordo com a ação civil pública, protocolada na última sexta-feira (2), no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ-MS), a Justiça indeferiu o pedido do promotor Alexandre Capibaribe Saldanha, da 30ª Promotoria do Patrimônio Público.

Na solicitação, o prefeito é denunciado por improbidade administrativa devido à contratação da empresa Mega Serv, que realizava a limpeza das unidades de saúde da Capital. O caso foi analisado pelo juiz substituto da 1ª Vara dos Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, Marcelo Ivo de Oliveira. Antes da decisão, o prefeito Alcides Bernal (PP) por meio de sua assessoria divulgou nota em que se defende do pedido de afastamento. Confira:

Sobre a ação proposta pelo Ministério Público Estadual, o prefeito Alcides Bernal esclarece que é um fato já anteriormente julgado improcedente pela justiça e que recebe esta situação reeditada pelo MPE com tranquilidade.

É importante reforçar que improbidade administrativa se configura em três situações: prejuízo ao erário público, ação com dolo e enriquecimento ilícito e que neste caso não há nenhuma destas situações, ao contrário, a contratação emergencial da Megaserv trouxe economia para os cofres públicos e resolveu uma grave situação que se instalava na cidade, que era a limpeza das unidades de saúde.

Vale lembrar que na época em que o prefeito Alcides Bernal assumiu a prefeitura, a empresa Total havia vencido uma licitação em que os serviços prestados aumentavam abusivamente de R$ 7 milhões para R$ 11 milhões e que a administração Bernal não aceitou tal aumento, pois foram constatadas irregularidade por meio de auditoria. Desta forma, o contrato foi rescindido a pedido da Total e uma nova licitação, de emergência, foi realizada, com ampla oportunidade de participação das empresas, quando a Megaserv saiu vencedora do certame pelo valor de cerca de R$ 4 milhões, válido por seis meses.

Desta forma, o prefeito reforça que não há motivos para tal ação e que esclarecerá, novamente, os fatos na Justiça, provando mais uma vez que sua administração traz economia para o município de Campo Grande, que neste momento precisa de paz e tranquilidade para sua população.

A Promotoria de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos também pede a devolução de R$ 13 milhões aos cofres públicos, valor que, segundo o relatório da Controladoria Geral da União (CGU), teria sido o prejuízo causado ao município pelos contratos.