Caminho definido: ao confirmar que será candidato ao Senado em 2026, o deputado federal Vander Loubet (PT-MS), destacou os impulsos mais fortes para sua decisão, citando os compromissos com Mato Grosso do Sul, o processo de revitalização partidária, o fortalecimento na defesa da democracia e os apelos do presidente Lula e da militância. “Não serei um candidato de mim mesmo. Tenho acima de mim um partido, um programa e um estatuto, que formam a base democrática e institucional de todos os filiados”, salientou.
Vander não tem dúvidas: preservar e vitaminar o estado democrático de direito é prioridade absoluta. “Um dos institutos constitucionais mais importantes para a respiração livre do Brasil é a democracia, que nestes últimos anos vem sendo ameaçada e sofre ataques constantes”, analisa. Ele cita os episódios do 08 de janeiro e o esquema para impedir a posse do presidente Lula e até matá-lo, por meio de um golpe de Estado, descoberto pela Polícia Federal.
Felizmente, a tentativa golpista implodiu no meio do caminho. Mas os seus autores intelectuais e operacionais não devem ter desistido. Esta sombria ameaça impõe aos democratas dos diversos matizes partidários a responsabilidade de fortalecer as blindagens de resistência à volta da ditadura e do obscurantismo, considera. Uma das trincheiras mais efetivas é o conjunto das representações políticas e parlamentares comprometidas com as liberdades democráticas, especialmente nos parlamentos (Câmaras de Vereadores, Assembleias Legislativas, Senado e Câmara Federal).
TABULEIRO
Assim, em cada Estado, as forças democráticas e populares estão se movimentando para assegurar suas grandes aspirações, notadamente nas eleições de 2026, quando além da questão democrática estarão no tabuleiro outras demandas nacionais e desafios regionais. Em Mato Grosso do Sul, é esta a avaliação que fazem suas principais lideranças políticas, de olho nos mandatos que serão renovados e seus respectivos perfis.
Além de um pedido de Lula ao PT para priorizar as candidaturas ao Senado, com o objetivo de barrar o avanço da oposição, Vander Loubet disse que em vários municípios as bases petistas o incentivam a lutar por uma das duas vagas do Senado. “Nosso trabalho em Brasília é incansável, porém muito produtivo no que diz respeito às melhorias para Mato Grosso do Sul. Com emendas e liberação de verbas federais, estou contribuindo com o governo estadual e todas as prefeituras, sem qualquer restrição ou privilégio”, assinalou.
Um dos reflexos populares desta dedicação ele sentiu em Dourados, esta semana. Ao visitar o hospital da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) para vistoriaras obras da segunda fase da Unidade da Mulher e da Criança (UMC), para as quais viabilizou R$ 28 milhões pelo Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), ele ouviu apelos para concorrer a senador e, entre outras missões, potencializar seu trabalho na busca de recursos.
Em entrevista ao jornal “Correio do Estado”, afirmou: “Em todos os compromissos em Dourados, fiz questão de declarar aos companheiros de partido e aos aliados políticos que pretendo ampliar e fortalecer minha atuação na região e em todo o Estado como senador a partir de 2027. E que conto com o forte apoio para essa empreitada”.
ALIADO ESTRATÉGICO
Em seu sexto mandato consecutivo na Câmara dos Deputados, ele já concorreu à Prefeitura de Campo Grande e liderou a bancada federal nos dois primeiros anos do governo Lula. Ao fazer esta observação, disse que o presidente é um aliado estratégico no projeto de fortalecer a representação do PT no Congresso Nacional, principalmente no Senado.
Esta orientação vem sendo reprisada com frequência por Lula, que na semana passada sugeriu aos dirigentes estaduais e municipais do PT que caprichem com a prioridade na escolha de nomes competitivos para disputar o Senado.
“A questão não é somente conter o avanço da extrema direita. Vamos fortalecer a blindagem política e institucional para que a democracia possa respirar livremente, sem a pressão das forças retrógradas”, acentuou. Além de Vander Loubet, o PT trabalha candidaturas próprias e de partidos da base aliada e do campo democrático, entre os quais o PCdoB, PSB, PV, Cidadania, PDT e MDB.