Aparecida Gonçalves, comandará o Ministério das Mulheres do governo Lula (PT), anunciou o presidente nesta 5ª.feira (22.dez.22), na sede do governo de transição, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB).
Ela foi indicação da Bancada do PT de Mato Grosso do Sul, liderada por Vander Loubet (PT), que conta agora com Camila Jara (PT), deputado federal reeleito e deputada federal eleita, respectivamente.
Moradora de Campo Grande (MS), Cida Gonçalves, de 60 anos, é formada em Publicidade e Marketing, e destacou-se como uma especialista brasileira em políticas públicas pela equidade e contra a violência de gênero. Ela é natural de Clementina (SP), mas vive desde 1984 em Campo Grande.
Cida ganhou e acumulou prestígio nacional nos governos de Lula e Dilma, a partir de 2003, chefiando na Presidência da República a Secretaria Nacional de Políticas Para as Mulheres. Antes, Cida havia coordenado o processo de articulação e fundação da Central dos Movimentos Populares no Brasil e a Subsecretaria da Mulher no governo de Zeca do PT.
Sua notória atuação ficou ainda mais evidente quando ela contribuiu para a criação da Lei Maria da Penha, articulando os movimentos sociais e com o Congresso Nacional para a aprovação do projeto de lei.
Cida também já foi candidata pelo PT à vereadora no Mato Grosso do Sul, em 1988 e depois em 2000. Antes disso, candidatou-se à deputada constituinte, em 1986, sendo a única mulher a disputar esse espaço.
Recentemente, ela trabalhou como consultora em políticas públicas para o enfrentamento da violência doméstica, oferecendo workshops para prefeituras e governos estaduais em todo o Brasil.
Membro da equipe de transição do novo governo, Cida deu entrevista ao MS Notícias em novembro, ocasião em que disse que a "Prioridade é reconstruir o País, investindo na inclusão e nas pessoas, com obras". Naquela oportunidade ela disse que não havia sinalização de quem iria compor ministérios do governo.
"Vamos fazer uma radiografia, crítica e apurada, sobre o que temos e o que não temos no governo e no País para elaborar os programas. Estou segura e confiante. À medida que o tempo avança, o quadro se consolida com a constatação de que a democracia já está assegurada pelo voto popular", enfatizou na data.
Vander, em sua rede social nesta 5ª, celebrou Cida no ministério da Mulher. "Gostaria de saudar a companheira Cida Gonçalves, sul-mato-grossense de coração, anunciada hoje pelo presidente Lula para ser ministra das Mulheres. Tem muita experiência na área, por isso tenho certeza que vai fazer um ótimo trabalho. Boa sorte Cida!", escreveu o deputado.
Camila Jara, vereadora e deputada federal eleita, também celebrou o anúncio de Cida. "Companheira Cida Gonçalves acaba de ser anunciada por Lula como ministra das Mulheres!
A campo-grandense já foi secretária nacional do enfrentamento à violência contra mulher nos governos de Lula e Dilma, é especialista no tema e tenho certeza que vai fazer um trabalho ímpar à frente do Ministério! Vamos juntas pela reconstrução do nosso país! Parabéns, ministra Cida!", escreveu na legenda das fotos (abaixo):
MINISTROS ANUNCIADOS
Mostramos ontem aqui no MS Notícias, que Lula iria anunciar quase a totalidade dos seus ministros nesta 5ª. Antes, ele havia anunciado 7 nomes.
Além de Cida — destaque do texto — e os 7, entram para a lista de chefes de ministérios do governo Lula os seguintes nomes:
Geraldo Alckmin – vice-presidente também será ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio.
Wellington Dias – Ministério do Desenvolvimento Social; Foi por quatro vezes governador do Piauí e eleito duas vezes senador pelo Estado. Foi deputado federal e estadual.
Nísia Trindade – Ministério da Saúde: é Presidenta da Fiocruz desde 2017 e socióloga. É professora da Casa de Oswaldo Cruz e do Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IESP-UERJ).
Márcio Macêdo – Secretaria Geral da Presidência: Deputado federal, vice-presidente do PT. Biólogo formado pela Universidade Federal de Sergipe, foi secretário do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos de Sergipe.
Alexandre Padilha – Secretaria das Relações Institucionais: foi ministro da Saúde e das Relações Institucionais. É médico e deputado federal.
Luiz Marinho – Ministério do Trabalho: foi ministro do Trabalho e Previdência, prefeito de São Bernardo do Campo e presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.
Luciana Santos – Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações: é Vice-governadora de Pernambuco, presidenta do PCdoB e ex-deputada federal. Engenheira elétrica formada pela Universidade Federal de Pernambuco.
Jorge Messias – Advocacia Geral da União (AGU): é Procurador da Fazenda Nacional.
Silvio Almeida – Ministério dos Direitos Humanos: pós-doutor pela Faculdade de Direito da USP, professor da FGV e Mackenzie e professor visitante da Universidade de Columbia. Presidente do Instituto Luiz Gama.
Anielle Franco – Ministério da Igualdade Racial: é Diretora do Instituto Marielle Franco. É graduada em Inglês e Literaturas pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro e em Jornalismo pela Universidade Estadual da Carolina do Norte.
Márcio França – Ministério dos Portos e Aeroportos: foi governador de São Paulo, prefeito de São Vicente, deputado federal e é presidente da Fundação João Mangabeira.
Esther Dweck – Ministério de Gestão e Inovação: é Economista, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro e atuou no Ministério do Planejamento.
Vinicius Carvalho – Controladoria Geral da União (CGU): é Advogado e ex-presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
Com isso, o próximo governo chega a 21 ministros já anunciados.
Nesta manhã, Lula disse que a situação financeira do país não permitirá que os ministros de seu governo ampliem gastos com equipes. Segundo ele, será necessário manter o número de pessoas que havia em seu último ano de mandato, em 2010. “Todo mundo vai ter que começar apertando o cinto, porque a quantidade de funcionários em cada ministério será no máximo comparada ao que era em 2010” , explicou depois de receber o relatório do governo de transição.
O presidente reforçou a situação desastrosa em que se encontra a gestão Executiva federal. Antes dele, o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), afirmou que o país sofreu um “desmonte” no governo do atual presidente, Jair Bolsonaro (PL). “Houve um desmonte de Estado brasileiro. Mais de 14 mil obras paradas. Isso não é austeridade, é ineficiência de gestão”, disse o vice.
Ao todo, Lula terá 37 ministros, para o mesmo número de ministérios. Ainda faltam ser anunciados os nomes que chefiarão as seguintes pastas:
- Ministério do Esporte
- Ministério do Meio Ambiente
- Ministério do Planejamento e Orçamento
- Ministério do Turismo
- Ministério dos Povos Indígenas
- Ministério dos Transportes
- Gabinete de Segurança Institucional
- Secretaria de Comunicação Social
- Ministério das Cidades
- Ministério das Comunicações
- Ministério de Minas e Energia
- Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar
- Ministério da Agricultura e Pecuária
- Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional
- Ministério da Pesca e Aquicultura
- Ministério da Previdência Social