Sirlei Faustino Ratier, médica bolsonarista é apontada como uma das mantenedoras dos atos golpistas que pedem intervenção militar em razão de Jair Bolsonaro (PL) ter sido derrotado nas urnas em outubro de 2022. A reportagem é do Correio do Estado.
Ratier foi candidata a deputada federal, mas obteve apenas 7.102 votos, ficando na suplência do PP.
Em suas redes, a bolsonarista publica vários delírios da extrema direita de que supostamente está sendo encaminhado nos bastidores da política nacional um fantasioso golpe militar.
No Instagram, Sirlei afirma que é Fundadora e coordenadora "QG Voluntários de Bolsonaro", espécie de organização política de extrema direita instalada na Rua Pernambuco 1849, em Campo Grande (MS). A médica também se autodenomina "ativista política, bolsonarista raiz" e integrante de movimentos de extrema direita.
O nome de Ratier consta no topo do Relatório da Secretaria de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul (Sejusp) e enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), que identificou 7 pessoas suspeitas de liderarem as manifestações contra o resultado das eleições presidenciais no Mato Grosso do Sul.
Os golpistas estão acampandos desde o dia 30 de outubro em frente ao Comando Militar do Oeste, na Avenida Duque de Caxias, na Capital.
Também estão na alegada lista, a candidata derrotada nas últimas eleições, Juliana Gaioso Pontes, de 49 anos - ex-assessora pessoal da Senadora Soraya Tronick; o comerciante varejista Julio Augusto Gomes Nunes, de 54 anos; o ex-prefeito de Costa Rica e fazendeiro Waldeli dos Santos Rosa, de 62 anos; o produtor rural Germano Francisco Bellan, de 72 anos; o pecuarista e ex-presidente do Sindicato Rural de São Gabriel do Oeste, Rene Miranda Alves, de 56 anos; e o pecuarista Renato Nascimento Oliveira, de 71 anos; o Renato Merem, que é um dos poucos proprietários de uma Ferrari em Mato Grosso do Sul.
No dossiê dos organizadores dos atos bolsonaristas, os policiais dos serviços reservados das polícias Militar e Civil de Mato Grosso do Sul repassam informações sobre as empresas que os envolvidos possuem, além dos automóveis e de suas fichas policiais.
Todos os identificados têm boletins de ocorrência em desfavor deles. Todos também tem grande poder aquisitivo, diz o Correio do Estado.
Em Mato Grosso do Sul, as autoridades federais e estaduais identificaram quase 500 veículos, entre carros, caminhonetes, caminhões e carretas, que participaram ou participam dos protestos bolsonaristas nas rodovias e nas vias urbanas das principais cidades em frente às unidades do Exército Brasileiro.
"As placas dos automóveis, a identificação dos proprietários e até mesmo imagens dos veículos de apoio dos protestos foram enviadas na semana passada ao Supremo Tribunal Federal (STF), em dossiê da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) e em relatório da Polícia Rodoviária Federal (PRF), aos quais o Correio do Estado teve acesso exclusivo", diz o jornalista Eduardo Miranda.
O processo que trata dos bloqueios de vias no Brasil é relatado pelo ministro Alexandre de Moraes, que analisará os dados com sua equipe e poderá aplicar uma multa de até R$ 100 mil por hora em caso de bloqueio das vias.