27 de dezembro de 2024
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Governador reconhece que Estado precisa criar mecanismos para fortalecer pequenos frigoríficos

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O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) defendeu na manhã de hoje o grupo JBS-Friboi depois da repercussão negativa e das polêmicas que tem causado a notícia que mais uma possível aquisição do grupo no Estado, o que, na prática, favorece formação de monopólio no setor frigorífico.

"Não vejo como monopólio, pois hoje há oportunidades para todos no mercado, que é uma livre concorrência. A JBS é um grande grupo, o maior produtor de carne no Brasil nos Estados Unidos e na Austrália. Realmente, há agressividade na compra de novas plantas, mas o importante é que aqueles que estão em competitividade no Estado tenham sustentabilidade para gerar empregos e poder industrializar Mato Grosso do Sul".

As aquisições da JBS têm sido alvo de críticas por parte da Abrafrigo (Associação Brasileira de Frigoríficos), que aponta para monopolização do mercado de carnes no Brasil, pois a empresa, ano a ano, tem adquirido frigoríficos menores, e muitas vezes os mantêm fechados. Com isso, a JBS dita valores de mercado tanto na venda do produto final quando na compra do gado.

?Hoje, a JBS é a maior empresa de capital privado do Brasil e seu crescimento tem sido potencializado com empréstimos feitos no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que, a grosso modo, empresta ao grupo, dinheiro público e juros bem atrativos. 

Fortalecer os pequenos

Embora reconheça a importância econômica e a força do grupo JBS-Friboi no Estado, o governador admite que é preciso criar políticas de governo e mecanismos que possam fortalecer os frigoríficos menores para evitar que passem pela mesma situação do Beef Nobre, de Campo Grande, que, em 14 de abril, irá encerrar suas atividades e pode ser arrendado pela JBS.

"O que precisamos agora é buscar equilíbrio e o Estado vaia tender os frigoríficos menores, estamos estudando o que se pode fazer para fortalecê-los. Agora, temos que entender que hoje o setor passa por uma crise financeira, que é reflexo da situação nacional", diz Reinaldo.

Reinaldo aponta baixo crescimento da economia, aumento dos tributos sobre combustíveis, energia, como um dos principais fatores da "quebra"dos frigoríficos menores. "O governo federal tem aumentado impostos, taxas e ainda por cima retirou benefícios quanto à folha de pagamento de alguns setores. Esse é um problema que não preocupa só nosso Estado, existem outros locais do país em que as demissões são muito maiores.