29 de março de 2025
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'PERDEU, MANÉ!'

Golpista que pichou estátua da Justiça no STF enfrentará 14 anos de prisão

Ela pode ser condenada por cinco crimes

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Débora Rodrigues dos Santos é acusada de pichar a estátua da Justiça no STF durante os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Ela pode ser condenada por cinco crimes.

A ré responde por associação criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

O relator Alexandre de Moraes propôs uma pena de 14 anos de prisão.

A PGR afirma que Débora se associou a grupos violentos desde 2022. Ela participou da invasão dos prédios do Supremo e do Congresso.

A defesa nega as acusações, alegando que o uso do batom na estátua não teve intenção de danificar o patrimônio.

Moraes destaca que ela participou de uma tentativa de ruptura institucional com violência e vandalismo.

A ré também apagou dados do celular, o que indica tentativa de ocultar provas de sua participação.

O julgamento foi suspenso após pedido de vista do ministro Luiz Fux.

Voto de Alexandre de Moraes: O ministro afirmou que Débora se uniu a um grupo com o objetivo de depor o governo legitimamente eleito. Ela participou da depredação do Supremo e outros órgãos. Moraes destacou que ela vandalizou a estátua da Justiça, simbolizando seu desprezo pela ordem pública. Além disso, apagou provas em seu celular, o que reforça a necessidade de condenação.

FAKE DA EXTREMA DIREITA 

Débora Santos foi identificada ao pichar estátua na praça dos Três Poderes no 8 de janeiro de 2023. Foto: Gabriela Biló - 8.jan.23/Folhapress - Veja mais em https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2025/03/24/stf-julgamento-cabeleireira-picDébora Santos foi identificada ao pichar estátua na praça dos Três Poderes no 8 de janeiro de 2023. Foto: Gabriela Biló - 8.jan.23/Folhapress

Juristas rebatem a fake disparada pela extrema direira de que Débora Rodrigues foi condenada apenas pela pichação da estátua do STF.

Marco Aurélio de Carvalho alertou para a criação de uma "falsa narrativa" sobre o caso.

Ele afirmou que a pena não se baseia apenas na pichação, mas em uma série de crimes.

A advogada Maíra Recchia reforçou que a condenação reflete uma trajetória criminosa e golpista.

O criminalista Kakay destacou que a pena resulta da soma de cinco crimes, com a tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito sendo a mais grave.

Fernando Fernandes e Pedro Serrano também defenderam que a pena não é desproporcional, considerando a participação de Débora nos atos antidemocrático. Veja aqui.