22 de dezembro de 2024
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Gisa será acompanhado de perto pela Comissão de Saúde da Câmara

O sistema Gisa, envolto desde o início em suspeitas que se transformaram em escândalos, será acompanhado pela Comissão de Saúde, assegurou Paulo Siufi

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O vereador Paulo Siufi (PMDB), presidente da Comissão Permanente de Saúde da Câmara Municipal, não descarta a possibilidade de ações mais pontuais em relação ao sistema Gisa (Gerenciamento de Informações em Saúde), contratado no segundo mandato do prefeito Nelsinho Trad (PMDB), pelo valor de R$ 10 milhões, e que nunca chegou a funcionar.

A Controladoria-Geral da União (CGU) aponta o envolvimento do ex-prefeito Nelson Trad Filho e do deputado federal e ex-secretário Municipal de Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM) em esquema de corrupção, conforme processo no MPF/MS (Ministério Público Federal de Mato Grosso do Sul), com o número 1.21.000.002.163/2013-64.

O Gisa, custeado com recursos do SUS (Sistema Único de Saúde) foi lançado em 2009. No ano seguinte  começou a operar em dois postos de saúde da cidade. De acordo com informações veiculadas ainda em 2009, o programa permitiria o agendamento de consultas por telefone, de início para especialidades médicas e, num segundo momento também para as áreas básicas. O prazo para a elaboração do sistema, desenvolvido pelo consórcio Telemídia & Tecnologia International Com. E Serviços de Informática, era de 1 ano e o contrato previa a criação de “um produto que permita a implantação e o desenvolvimento técnico e tecnológico de um sistema de informação para atender à gestão da rede de serviço de saúde de todo o Município, incluindo o equacionamento de exames laboratoriais, distribuição de medicamentos e internações hospitalares, vigilância e controle de ações de saúde de todas as unidades”.

No final de 2012, ainda na gestão de Nelson Trad Filho, a Prefeitura informou que as 29 UBS (Unidades Básicas de Saúde) já estavam operando plenamente com o sistema.

Agora, que o município de Campo Grande foi penalizado com  a cobrança de R$ 8,2 milhões, cujo pagamento já foi autorizado pelo prefeito Gilmar Olarte, que efetuou o pagamento de R$ 1,5 milhão e negocia o parcelamento em até 60 vezes do restante, os vereadores querem entender os motivos que levarão à população arcar com o prejuízo causado por gestores identificados.

O vereador Paulo Siufi, afirmou que a partir da primeira reunião da Comissão Permanente de Saúde da Câmara, vai acompanhar e exigir explicações deste pagamento.