Após a prisão do prefeito afastado de Campo Grande, Gilmar Olarte (PP) que se apresentou à polícia, por volta das 5h30, na manhã de hoje (2), o delegado Fabiano Nagata, confirmou que Gilmar Olarte está em uma cela especial e que passará por exame de corpo e delito na manhã desta sexta-feira (2).
Olarte foi detido por suspeita de envolvimento em compra de votos pela cassação do prefeito Alcides Bernal (PP) em 2014 e foi acompanhado de seu advogado de Olarte, Jail Azambuja, onde chegou de viagem e foi direto à 3ª Delegacia de Polícia Civil, localizada no bairro Carandá Bosque, se esquivando da imprensa que passou dias em frente a sua casa.
O delegado Fabiano Nagata explicou como é a cela de Gilmar Olarte e quais serão os procedimentos após a sua prisão na delegacia. “Ele compareceu por volta das 5h30 da manhã de hoje, cumprimos o mandato e estamos fazendo a cautela dele por cinco dias. Ele está em uma cela especial, só tem ele aqui, mas é uma cela normal, de mais ou menos 4x6. Ele chegou e não comentou nada, nós estamos ‘guardando’ ele aqui para cumprir esse mandato e outras questões serão resolvidas no Gaeco. Ele veio, assinou a documentação e ficou em silêncio. Agora ele passará por exame de corpo e delito, vamos levar ele daqui a pouco para fazer”, afirmou o delegado.
Caso de polícia
Leia também
• Olarte se esquiva da imprensa e se entrega a polícia no início da manhã de hoje
• Habeas Corpus de Olarte não foi aceito pelo TJ e ele deve continuar foragido
• João Amorim se entrega ao Garras, Olarte permanece foragido
• Olarte tem prisão decretada, se esconde e está sendo procurado pelo Gaeco
• Câmara diz pretender o melhor para a Capital, mas recorre para ter Olarte de volta ao poder
?Olarte teve a prisão temporária (de cinco dias) decretada na noite de quarta-feira (30) pelo TJ-MS e estava foragido. O Poder Judiciário Estadual decretou também a prisão do empreiteiro João Amorim, que se apresentou à polícia nessa quinta-feira (1).
O decreto de prisão dos dois foi a pedido do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). De acordo com o Grupo, eles são suspeitos de envolvimento em compra de votos para a cassação de Alcides Bernal (PP), em março de 2014. Na época, ele deixou a prefeitura e quem assumiu foi Olarte.
O Gaeco também havia pedido o afastamento de 17 vereadores da capital sul-mato-grossense, no entanto, este foi indeferido pelo judiciário estadual. Bernal reassumiu o cargo de chefe do Executivo em agosto de 2015, por determinação judicial. A decisão do TJ-MS que reconduziu Bernal ao cargo de prefeito saiu no mesmo dia, 25 de agosto, em que a Justiça também afastou Gilmar Olarte da prefeitura.