22 de novembro de 2024
Campo Grande 25ºC

APROVAÇÃO

Gestão diferenciada explica a alta popularidade de Marquinhos Trad

Prefeito fecha terceiro ano de mandato ainda mais fortalecido para buscar a reeleição

A- A+

Daqui a 60 dias o prefeito Marquinhos Trad (PSD) completará três anos de mandato. Terá levado consigo, neste período, os fardos pesadíssimos que precisou carregar nos ombros, decorrentes da herança medonha com que se deparou ao assumir, em janeiro de 2017: a cidade destroçada, a máquina sucateada, serviços essenciais precarizados e uma prefeitura afundada em dívidas, inadimplência e descrédito político e administrativo.

Esta sobrecarga, no entanto, não terá sido suficientemente pesada para abalar uma das principais lideranças políticas da sua geração, premiada com o DNA de um dos mais brilhantes homens públicos que o Estado e o País já conheceram: Nelson Trad. Ainda que o sobrenome do pai tenha contribuído para abrir visibilidade nesta caminhada, Marquinhos vem andando e ascendendo na vida publica com seus méritos.

A luz própria do prefeito atravessa sucessivas e distintas ambientações políticas e eleitorais desde o início dos anos 2000 – primeiro, no legislativo, como vereador e deputado estadual, figurando sempre entre os mais votados. E depois, no Executivo, em 2016, com a consagradora campanha para a Prefeitura. Do palanque ao gabinete central do Paço Municipal, o desafio medido pelos perigos e armadilhas no enfrentamento da ingovernabilidade, antes desenhada como luta inglória, transformou-se na definitiva e maiúscula afirmação de talento gerencial.

Dessa forma, quando desembarcar em 2020 Marquinhos Trad terá em sua bagagem um arsenal de contrapesos vitoriosos, neutralizando a sobrecarga recebida de herança dos predecessores. Neste arsenal, duas marcas fundamentais: a popularidade, em níveis cada vez mais elevados a cada ano, e a afirmação do protagonismo como gestor diferenciado na tarefa inventiva e audaciosa de semear modernidade, sem fechar os olhos aos valores e referências tradicionais que qualificam o perfil de quem mora e faz de Campo Grande uma cidade grandiosa.

OLHAR CLÍNICO 

Em sua diplomação em Campo Grande. Foto: Reprodução 

De acordo com o Instituto Paraná Pesquisas, Marquinhos chega no 34º mês de mandato com impressionantes 72,8% de aprovação ao seu governo, contra 22,3% que o desaprovam, na avaliação geral obtida com as entrevistas. Na estratificação dos índices, 55,3% da população aprovam a gestão, com 40,7% que a consideram boa e 14,6% ótima, ao passo que 31% a definem regular, 12,1% ruim e 7,3% péssima. O instituto, que ouviu 810 eleitores de 23 a 27 de outubro, utiliza uma margem de erro de 3,5%.

Outros dados sintomáticos da pesquisa, reveladores até, indicam pontuações bastante próximas de gênero no universo de quem se agrada com o governo de Marquinhos Trad. Entre os que o aprovam, 74,1% são homens e 71,8% mulheres. Semelhante situação se verifica no segmento por escolaridade: 77% de quem aprova a administração possuem o ensino fundamental e 77.4% o ensino superior.

Daí é possível inferir que os homens e mulheres de Campo Grande, a partir dos 16 anos (idade mínima para votar), têm um mesmo nível de consciência e avaliação acerca do modo como a cidade é governada. Com essas pontuações, Marquinhos se consolida na condição de favorito para a disputa sucessória municipal. Todavia, desconversa quando provocado para o assunto. E insiste que sua preocupação é com a governança.

O olhar clínico da comunidade vê o que está sendo feito e o que não está, porém refina sua conclusão buscando compreender e dimensionar desdobramentos dessas impressões. Assim, consegue discernir o mérito das obras não apenas por sua quantidade, mas sobretudo pela qualidade. E além disso faz uma espécie de radiografia do gestor, compondo uma associação entre seu perfil e a forma como define ou escolha os investimentos e as prioridades.

PERFIL

Diferente. Diferenciado. É assim que o campo-grandense que aprova a gestão da cidade vê o gestor. É de seu estilo o convívio coloquial que exercita desde criança, especialmente jogando futebol no terrão dos bairros (seu esporte predileto), dividindo histórias e almoços com o povo simples da periferia ou  desdobrando-se para abraçar e fazer poses para fotos com as crianças. Isso tudo já era dele antes de usar calças compridas, quando talvez sequer imaginasse que seguiria os passos do pai.

A diferença também está refletida nos significados conceituais com que o dinheiro do contribuinte é aplicado. Se no primeiro passo o prefeito procura ouvir e conhecer quais as prioridades da população, o passo seguinte é ajustar estas vontades ao fôlego de caixa disponível. Não faz aventuras com o orçamento – e aí reside um dos itens determinantes do sucesso administrativo, que começa no planejamento e se consolida nos princípios da gestão estratégica.

A capital queijo suíço que em 2016 era motivo de piadas constrangedoras e até charges deprimentes na mídia nacional, agora experimenta profunda transformação de conteúdo e embalagem. Marquinhos se recusou à saída fácil e cômoda de investir nos paliativos cinematográficos e de apelo popular imediatista para enfrentar desafios, e inevitáveis desgastes, disposto a replanejar a Campo Grande e deixá-la pronta para os anos que virão.

Como já afirmou, dos mais de 850 mil de hoje e caminhando para um milhão, o prefeito diz estar preparando a cidade para quando estiver abrigando 1,5 milhão de moradores. Se até sua chegada na Prefeitura a marcha apressada do crescimento vinha acumulando demandas, atropelando os gestores e asfixiando os orçamentos, o cenário que se abre já tem outro visual. Uma vista que pode ser apreciada desde agora, na requalificação urbana que é feita, por exemplo, com as obras do Reviva Centro e na revitalização da 14 de Julho.

São iniciativas cujos projetos concebem, antes de tudo, a valorização patrimonial nos aspectos histórico e residencial, o fortalecimento cultural e econômico, e promovem os conceitos da sustentabilidade, da mobilidade e da acessibilidade. Áreas de circulação nervosa no centro deixam de ser labirintos automotivos e tornam-se espaços agradáveis nos quais o transeunte é o privilegiado para fazer suas compras, passear, descansar ou até entreter-se com manifestações artístico-culturais.

Com estas intervenções, o prefeito impulsiona a busca de ganhos semelhantes para as regiões suburbanas. Os equipamentos sociais se multiplicam nos bairros e dão a seus moradores a certeza de que não precisam deslocar-se até o centro como obrigação para atender suas necessidades.

A implantação dos corredores viários e a aceleração das providências que o prefeito imprime ou cobra – quando é o caso – para a prestação de serviços de transporte coletivo, saneamento, asfalto, segurança, tecnologia digital, saúde, ensino e práticas saudáveis reforçam a requalificação dos bairros, que em breve, acena Marquinhos Trad, deixarão de ser o “lado B” e figurar no centro do protagonismo na qualidade de vida dos campo-grandenses.