O Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), deflagrou na manhã desta 3ª feira (28.jan.25) a "Operação Ad Blocker". A ação cumpriu mandados de busca e apreensão em Aquidauana e Campo Grande, com foco em apurar suspeitas de crimes envolvendo fraudes em processos licitatórios e contratos da Câmara Municipal de Aquidauana.
Segundo o Gaeco, a investigação aponta indícios de corrupção envolvendo agentes políticos, servidores públicos do Legislativo municipal e empresários do ramo publicitário. Os contratos investigados, firmados ao longo dos últimos três anos, já somaram pagamentos milionários e apresentam indícios de irregularidades.
A execução desses contratos, de acordo com os investigadores, incluía o uso de supostos serviços publicitários para beneficiar interesses particulares de um agente público.
Durante a operação, equipes do Gaeco realizaram buscas na sede da Câmara de Vereadores e nas residências de dois ex-presidentes da Casa. Documentos e computadores foram recolhidos para análise. Ao todo, cinco veículos do grupo estiveram na Câmara durante a manhã.
DENÚNCIA
As investigações tiveram início após denúncias recebidas pelo Ministério Público no ano passado, que apontavam um suposto esquema de corrupção no Legislativo de Aquidauana. Além disso, o Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul (TCE-MS) teria identificado problemas em contratos de publicidade firmados durante as gestões dos ex-presidentes investigados.
O nome da operação, "Ad Blocker", faz referência ao termo em inglês que significa "bloqueador de anúncios", refletindo a natureza da investigação, que visa identificar e interromper práticas ilícitas relacionadas a serviços publicitários contratados pela Câmara.