O líder do governo na Câmara, deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), deu um chilique durante entrevista à Rádio Gaúcha nesta 4ª-feira (28.out.2020) ao ser questionado sobre a troca de favores entre o presidente Jair Bolsonaro e o Congresso Nacional. Ele se negou a usar o termo “troca-troca”.
“Desculpa, não vou tratar com você de termos de troca-troca. Desculpa, isso é chulo. Você é gaúcho, rapaz! Que conversa é essa? Que troca-troca? Pensa que isso é o quê? Casa da mãe Joana? Tenha paciência”, reclamou o parlamentar.
A masculinidade do líder do gov Bolsonaro na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), transparece frágil como uma taça de cristal. O congressista viu duplo sentido ao ser questionado sobre troca-troca de favores do governo, que nomeia nomes do Centrão por votos pic.twitter.com/uIrieQyn1q
— George Marques (@GeorgMarques) October 28, 2020
O jornalista Luciano Potter havia usado o temo – que é bastante comum – para questionar o parlamentar sobre os bastidores: “Eu pergunto se essa coalizão é dinheiro, se é emprego… Que tipo de coisa física que o presidente precisa dar para conseguir esse troca-troca porque a gente sabe que todo presidente brasileiro precisou dar alguma coisa”.
A jornalista Kelly Matos, que também participou da entrevista, ressaltou que a explosão de Barros foi pelo termo. “Ele ficou bravo não pela troca de favores. Mas por causa da expressão ‘troca troca’, que pode ser interpretada como relação sexual entre homens. E seguiu ‘Você é gaúcho, rapaz'”, tuitou.
O ativista e ex-deputado Jean Wyllys também criticou o ex-colega de Parlamento. “A masculinidade dos bolsonaristas é frágil como a do seu “mito”. Um bando de homens homofóbicos, porém assombrados pelo fantasma do prazer de ser penetrado. A pergunta era sobre o “troca-troca” da corrupção parlamentar, mas ele levou para o lado sexual. Ou seja, Freud explica…”, tuitou.
FONTE: REVISTA FÓRUM