16 de setembro de 2024
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CARTÃO CORPORATIVO

Folga carnavalesca de Bolsonaro custou quase R$ 800 mil aos cofres públicos

Pouco antes, Bolsonaro gastou quase R$ 900 mil durante férias de sete dias em São Francisco do Sul (SC)

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Enquanto esteve de folga no Guarujá, litoral de São Paulo, no feriado do Carnaval deste ano, o presidente Jair Bolsonaro (PL) gastou mais de R$ 783 mil em verba pública durante os cinco dias em que ficou na praia, segundo informações do jornal O Globo.

Somando todos os gastos feitos no período, o valor gira em torno de R$ 783.394,17, contabilizando transporte terrestre, passagens e diárias.

No entanto, a Secretária-geral da Presidência da República destacou que os valores podem sofrer algumas alterações caso ocorram atualizações decorrentes da prestação de contas. Os gastos foram todos pagos com cartão corporativo.

A Secretária-geral da Presidência, se baseando no artigo 24 da Lei Acesso à Informação, não informou os detalhes das despesas, alegando que essas informações poderiam colocar em risco a segurança de Bolsonaro e seus familiares.

“As informações que puderem colocar em risco a segurança do presidente e vice-presidente da República e respectivos cônjuges e filhos(as) serão classificadas como reservadas e ficarão sob sigilo até o término do mandato em exercício ou do último mandato, em caso de reeleição”, diz um trecho da Lei.

Bolsonaro chegou no Guarujá no dia 26 de fevereiro, acompanhado do deputado federal Hélio Lopes (PL-RJ). Ele ficou hospedado no Forte dos Andradas. Os dias de folga incluíram passeio de jet ski em pelo menos três praias do Guarujá e uma rápida passada por Praia Grande, além de passeio de moto e conversa com apoiadores.

Meses antes, como O GLOBO mostrou, o presidente gastou quase R$ 900 mil durante férias de sete dias em São Francisco do Sul (SC). Na ocasião, ele foi criticado por manter a agenda de passeio mesmo com as fortes chuvas na Bahia, que deixaram ao menos 25 mortos.

No Guarujá, durante o Carnaval, ele foi questionado sobre os gastos com suas férias e afirmou que achava um "absurdo" e "exagerada". Afirmou, no entanto, que desconhecia o valor, mas que se fosse verídico, ia "pegar no cangote de alguém lá".