Três dos vereadores que compõem a Comissão de Ética que irá averiguar a participação dos vereadores envolvidos na Operação Coffee Break, que investiga compra de votos para a cassação do prefeito eleito Alcides Bernal em março de 2014, também estão sendo investigados, e Flávio César acredita que isso baste, o que torna sem efeito o pedido de afastamento pedido pelo Ministério Público Estadual (MPE) de 17 vereadores.
“Não havia nenhuma necessidade de afastamento, conforme o desembargador [Luiz Claudio Bonassini da Silva] falou em sua justificativa. A justiça, nesse caso, está sendo feita e isso permite mais tranquilidade para a Casa dar continuidade aos projetos e também para a população de Campo Grande. Não acredito que os trabalhos na Câmara [de 17 dos 29 vereadores envolvidos nas investigações] prejudiquem as investigações, portanto vamos continuar cumprindo nosso papel. A Comissão de Ética foi criada, posso garantir que os trabalhos da Casa vão continuar. Lembro que o processo de cassação foi feito dentro da legalidade, não surgiu da noite para o dia, ocorreram justificativas. Agora é continuar o que já estávamos fazendo, que é trabalhar pela cidade”, declarou o presidente em exercício da Câmara, Flávio César (PTdoB).
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O vereador não teceu comentários em relação ao pedido de prisão preventiva do empresário João Amorim, dono da Proteco e suposto operador do esquema de cassação de Alcides Bernal, e do ex-prefeito empossado, Gilmar Olarte (PP por liminar e réu em processo de corrupção e lavagem de dinheiro). Segundo Flávio, não cabe à Câmara Municipal falar sobre o assunto.
Fazem parte da Comissão de Ética da Câmara, presidente João Rocha (PSDB), vice-presidente Chiquinho Telles (PSD), Herculano Borges (SD), Vanderlei Cabeludo (PMDB) e Ayrton de Araújo (PT).