O clima na Câmara Municipal de Campo Grande é de expectativa pela chegada da vereadora Luiza Ribeiro (PPS), que teve divulgado pela imprensa seu depoimento como testemunha ao Ministério Público Estadual (MPE) na Operação Coffee Break, e causou mal estar entre os vereadores ao mencionar suposta compra de votos para a cassação, em 2014, do então prefeito Alcides Bernal.
Confundindo “periferia da Capital” com “periferia do plenário”, o vereador Chocolate (PTB), disse que não entendeu como ofensa haver sido eleito pela periferia, lembra que está em primeiro mandato, mas salientou que “quem fala demais dá bom dia a cavalo”.
“Uma declaração totalmente estratégica, com interesse na campanha eleitoral de 2016”, assim entendeu o vereador Airton Saraiva (DEM), que orienta para que a Luiza Ribeiro prove suas acusações, caso não o faça terá sido absurdo e irresponsável o depoimento. Não explicou, no entanto, como as informações prestadas ao MPE, que “vazaram” para a imprensa, poderiam ser consideradas estratégia de campanha, uma vez que não deveriam ter ido a público antes do término das investigações.
Um dos companheiros do grupo aliado do prefeito Alcides Bernal (PP), Alex do PT, aconselha Luiza a fazer uma retratação em plenário.
Citado nominalmente, o vereador João Rocha (PSDB), disse que se a vereadora citou seu nome, ela tem alguma carta na manga, alguma informação, então terá que apresentar essas provas. "Sempre trabalhamos com responsabilidade e idoneidade", disse.
Com relação ao fato de o primeiro vídeo do depoimento a ser vazado foi o da vereadora, contendo acusações, Rocha limitou-se a dizer que isso tem que ser investigado.
Sobre o desdobramento das acusações, Rocha reafirmou que permanece de forma tranquila presidindo a Comissão de Ética, e que o presidente da Casa, Flávio César (PTdoB) deve reunir-se com os demais vereadores e Luiza Ribeiro para que ela explique suas acusações.