O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello, de 76 anos, declarou na madrugada desta quarta-feira (28.set.2022), que irá votar no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa ao Planalto no 1º turno das eleições presidenciais no próximo dia 2 de outubro.
De acordo com Mello, sua escolha se baseia na certeza de que Jair Bolsonaro é um “político menor, sem estatura presidencial” e que seu voto está em “defesa da sacralidade da Constituição”, disse o ex-ministro que se aposentou em 2020.
Vamos lembrar que horas antes, o ex-ministro Joaquim Barbosa também gravou um vídeo declarando seu apoio a Lula.
Em seu comunicado, Celso de Mello afirma que a atuação de Bolsonaro na Presidência da República “revelou a uma Nação estarrecida por seus atos e declarações a constrangedora figura de um político menor, sem estatura presidencial, de elevado coeficiente de mediocridade, destituído de respeitabilidade política, adepto de corrente ideológica de extrema-direita que perigosamente nega reverência à ordem democrática”.
Segundo o ex-ministro, Bolsonaro apresenta “comportamento vulgar, de todo incompatível com a seriedade do cargo que exerce” e que o presidente “causou o efeito perverso de vergonhosamente degradar a dignidade do ofício presidencial ao plano menor de gestos patéticos e de claro (e censurável) desapreço ao regime em que se estrutura o Estado Democrático de Direito”.
“Em defesa da sacralidade da Constituição e das liberdades fundamentais, em prol da dignidade da função política e do decoro no exercício do mandato presidencial e em respeito à inviolabilidade do regime democrático , tenho uma certeza absoluta: NÃO votarei em Jair Bolsonaro!!! É por tais razões que o meu voto será dado em favor de Lula no primeiro turno”, conclui Celso de Mello. Veja íntegra.
O texto foi feito a pedido do Grupo Prerrogativas, que solicitou do ministro uma manifestação semelhante à que foi feita por Joaquim Barbosa, também ex-integrante do Supremo. “É uma honra e uma alegria enorme receber a declaração do ministro Celso de Mello, que é uma referência, nunca se escondeu na conveniência do silêncio e, com espírito público, sempre defendeu a democracia e as instituições”, afirmou ao Poder360 Marco Aurélio de Carvalho, coordenador do Grupo Prerrogativas.