A explosão que ocorreu na 4ª feira (13.nov.24), em Brasília (DF), gerou reações de entidades como a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Ambas destacaram a gravidade do ataque que atingiu a Praça dos Três Poderes e enfatizaram a necessidade de maior proteção às instituições democráticas do país.
A AMB ressaltou que "episódios como este representam um ataque ao Estado Democrático de Direito". Para a entidade, é crucial que medidas sejam tomadas para garantir a segurança dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e dos demais agentes do Judiciário. A associação também defendeu uma revisão da legislação para reconhecer a magistratura como uma atividade de risco permanente, visando proteger os que atuam na defesa da Constituição.
Por outro lado, a OAB manifestou solidariedade às vítimas e aos trabalhadores que estavam na região no momento da explosão. A entidade, liderada por Beto Simonetti, destacou sua preocupação com os desdobramentos e cobrou um posicionamento das autoridades competentes. "Reafirmamos nosso compromisso com a paz social e o fortalecimento das instituições que sustentam a democracia brasileira", declarou Simonetti.
Nota da AMB
"A Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) vê com preocupação a escalada de violência contra o Supremo Tribunal Federal (STF), que culminou com as explosões ocorridas nesta quarta-feira (13/11). Medidas de segurança que garantam a integridade física dos ministros são necessárias, dentro de um esforço conjunto dos Três Poderes e do governo do Distrito Federal. Episódios como este representam um ataque ao Estado Democrático de Direito e evidenciam a necessidade de mudança da legislação para o reconhecimento da magistratura como atividade de risco permanente. A defesa da Constituição e dos direitos e garantias fundamentais dos cidadãos depende de um Poder Judiciário protegido e livre de ameaças".
Nota da OAB
"A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) manifesta solidariedade a todas as pessoas que trabalham ou transitam na região da Praça dos Três Poderes, em Brasília, e que foram de algum modo impactadas pelas explosões ocorridas nesta quarta-feira (13/11). A Ordem acompanha com preocupação os desdobramentos da notícia de que um carro teria explodido no estacionamento entre o Supremo Tribunal Federal (STF) e a Câmara dos Deputados e que, além disso, uma pessoa teria morrido. A OAB aguarda a manifestação das autoridades competentes sobre o episódio para se manifestar sobre eventuais medidas a serem tomadas. Em momentos como este, reafirmamos nosso compromisso com a paz social e com o fortalecimento das instituições que sustentam a democracia brasileira. — Beto Simonetti, presidente nacional da OAB."
O Ataque
O episódio ocorreu na noite de 4ª feira, quando Francisco Wanderley Luiz, conhecido como “TiÜ França”, de 59 anos, tentou invadir a Praça dos Três Poderes em Brasília com explosivos no carro. Ao ser impedido de prosseguir, os artefatos detonaram, resultando na morte do suspeito. Testemunhas indicam que o extremista havia lançado uma bomba em direção à estátua da Justiça, o que pode ter causado a explosão que o atingiu.
Antes do atentado, “TiÜ França” enviou mensagens ameaçadoras, inclusive contra figuras políticas e jornalistas, demonstrando um plano premeditado. Na hora do incidente, o presidente Lula e três ministros do STF estavam reunidos no Palácio da Alvorada, levando ao reforço da segurança em toda a área. A Polícia Federal e o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) estão à frente das investigações.