Na denúncia oferecida pelo Ministério Público do Rio, o senador Flávio Bolsonaro e a esposa dele, Fernanda Bolsonaro (dentista), são suspeitos por movimentar de abril de 2014 a agosto de 2018 R$ 295,5 mil em dinheiro vivo, por meio de 146 depósitos "sem origem conhecida", para pagar parcelas de um apartamento na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. As informações são do O Globo.
O Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio reúne em documentos o resultado da investigação sobre o esquema de "rachadinhas" no gabinete do filho do presidente Jair Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Flávio foi denunciado como líder da organização criminosa e ainda por peculato, lavagem de dinheiro. Procurada, a defesa do senador afirmou em nota que não comentaria detalhes do caso, mas qualificou a denúncia como "insustentável". Outras 16 pessoas, entre elas seu ex-assessor, Fabrício Queiroz, apontado como operador do esquema, também foram denunciadas pelo MP.
Flávio e Fernanda compraram o imóvel localizado na Avenida Lúcio Costa, em frente à praia da Barra em 2014. Os dois residiram no apartamento com as duas filhas antes de se mudarem para Brasília, em 2018, quando Flávio foi eleito para o Senado. A pouco mais de 600 metros do prédio, está localizado o condomínio Vivendas da Barra, onde morava Jair Bolsonaro e onde reside até hoje o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), irmão de Flávio.
Os investigadores apontam falta de lastro. "Não provêm de suas fontes lícitas de renda, mas sim dos valores desviados da Alerj pelos 'assessores fantasmas', por intermédio de operadores financeiros", disse a acusação .
Fonte: O Globo.