20 de novembro de 2024
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Dia ruim: Olarte evita embarcar com Bernal e não é recebido por Delcídio em Brasília

Se o prefeito Olarte está em pleno inferno astral, na quinta-feira (11) especificamente não deveria ter saído da cama.

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Ainda que a Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Campo Grande tenha divulgado a viagem do prefeito Gilmar Olarte (PP por liminar) à Capital Federal como sendo coroada de êxito, com visitas à Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), onde foi recebido pelo presidente Kleber Ávila e pelo diretor de planejamento Carlos Gardel para discutir recursos para obras de contenção de enchentes na Capital, e mantido reunião com o secretário-executivo do Ministério da Integração Nacional, Carlos Vieira, em busca de informações sobre projetos do município que estão sendo analisados por aquela pasta, sua estada em Brasília tinha outros objetivos que não foram alcançados.

O motivo principal da viagem segundo fontes que eram próximas ao prefeito, mas que tendem a se afastar devido à rejeição popular à sua administração, seria manter uma reunião com o senador Delcídio do Amaral para que este intercedesse como seu padrinho político junto a partido, provavelmente o PROS, onde pretende se filiar, uma vez que está para ser expulso do PP e não conseguiu qualquer outro partido que lhe aceitasse.

Delcídio, no entanto, conforme informou sua assessori, priorizou atender ao prefeito em exercício de Sidrolândia, Marcelo Ascoli, acompanhado do presidente da Câmara Municipal, Davi Olindo, do controlador da Câmara Municipal, Márcio Marqueti e do diretor de Planejamento e Projetos, Geraldo, para tratar do andamento de projetos para a construção de uma escola com doze salas, outra com seis salas e uma escola técnica no Instituto Federal, que já estão sendo analisados pelo FNDE.

E o dia não tinha acabado

Desassistido e só, sem sequer conseguir contato com a bancada federal, o prefeito Olarte deu por encerrada sua visita de negócios, mas não contava com mais uma surpresa desagradável para encerrar o dia.

No aeroporto de Brasília, já com o cartão de embarque em vôo da companhia aérea Avianca, descobriu que retornaria no mesmo avião em que estavam o ex-prefeito Alcides Bernal.

Segundo divulgou o vereador de Corumbá e ex-candidato ao Governo, Evander Vendramini, “ontem foi no mínimo inusitado, eu e o Bernal estávamos em Brasília no embarque do vôo da Avianca das 19h26 e eis que surge o impostor (Olarte) e ao ver Bernal (...) deu meia vola após tomar vaia de uns 100 sul-mato-grossenses que estavam aguardando o vôo também. Embarcamos e no final o comissário de bordo notando que o imposor não tinha embarcado pedia que ele se identificasse por talvez ter embarcado escondido... e nada da figura.

Resultado, outra sonora vaia e o cara não teve coragem de embarcar e perdeu o vôo. Quem não deve não tem que fugir, quem base esconde e foge só pode ter algo muito podre.”

Está difícil saber qual lugar acabou por ser pior para Olarte, se em Brasília com todos os desacontecimentos havidos, ou em Campo Grande onde lhe aguarda a rejeição da população, a debandada de antigos aliados, a defecção de alguns secretários, o desarranjo econômico-administrativo etc..