Os deputados estaduais de Mato Grosso do Sul, de maneira ampla, se manifestaram descontentes com os rumos das reformas políticas que vêm sendo aprovadas pela Câmara Federal e que, em síntese, nada reformam.
O foco principal das críticas é em relação à não aprovação do fim das coligações na proporcional, que mantém o peduricalho de partidos de aluguel de pequena representatividade, mas com alto custo nas negociações políticas.
Zé Teixeira (DEM) considera a reforma “um fiasco” e considera impossível uma Casa de Leis ocupada por 32 partidos diferentes. Segundo Teixeira, foi uma aberração manter-se a coligação na proporcional e acredita que a rejeição da população será demonstrada nas próximas eleições. “O país não suporta mais a política (da maneira como está),” disse o deputado do Democratas.
“A Câmara Federal perdeu uma grande chance de fazer uma grande e verdadeiras reforma política”, reagiu Paulo Corrêa (PR), que considera essa reforma “capenga”, uma vez que a única mudança aprovada foi o final da reeleição. “Deixa muito a desejar”, finalizou Paulo.
Ainda que seja do mesmo partido do “tocador a ferro e fogo” da reforma política, o presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha, seu xará sul-mato-grossense deputado estadual Eduardo Cunha (PMDB) entende que as eleições deveriam ser coincidentes. “Está difícil fazer política e a reforma deixa a desejar. Eles (deputados federais) deveriam ter colocado fim na coligação proporcional”, finalizou.