Ao que tudo indica o vice-prefeito de Campo Grande afastado, Gilmar Olarte, há mais de dois meses não irá desistir tão fácil de provar que não participou de um suposto esquema de pagamento de propina para cassar o atual prefeito Alcides Bernal (PP) em março de 2014.
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Isso por quê na última terça-feira (17) a defesa de Olarte, por meio de seu advogado Jail Benites de Azambuja protocolou um habeas corpus na tentativa de “descaracterizar” a Operação Coffee Break, que justamente coloca o vice-prefeito como suspeita de ser um dos principais articuladores da cassação de Bernal. Agora o pedido está nas mãos do Ministro Reynaldo Soares da Fonseca, para analisar a solicitação da defesa.
Investigação
O vice-prefeito afastado está sob a mira da investigação Coffee Break, que é um desmembramento da Operação Lama Asfáltica (que investiga fraudes em licitações), enquanto a Coffee Break apura um esquema onde vereadores e empresários supostamente articularam a cassação de Bernal comprando votos, em troca de vantagens financeiras e cargos em secretarias.
"Livre"
No último dia 12, por cinco votos a zero, a Câmara de Vereadores decidiu pelo arquivamento do processo que levaria a cassação de Olarte. A partir da análise do CCJ (Comissão de constituição e Justiça) os vereadores Airton Saraiva (DEM), Otávio Trad (PT do B), Carlão (PDB), Vanderlei Cabeludo (PMDB) e Herculano Borges (SD) representado o Alex do PT, decidiram pelo arquivamento. Na ocasião, o presidente da Câmara Municipal Flávio César (PTdoB) justificou a decisão, devido a “perda do objeto”, já que Olarte já está afastado. “declaro arquivado o pedido de julgamento do prefeito Gilmar Olarte pela perda do objeto, já que ele está afastado. Caso Olarte seja reconduzido ao cargo de prefeito a casa pode reabrir o julgamento”, decretou o presidente em exercício.
O MS Notícias entrou em contato com o advogado de Olarte, Jail Azambuja, porém até o fechamento da matéria o mesmo não retornou as ligações e não respondeu as mensagens via aplicativo de celular.