A prefeitura de Corumbá (MS), sob a administração de Marcelo Iunes (PSDB), é novamente alvo da Polícia Federal (PF), na manhã desta 4ª.feira (3.jul.24).
Segundo os federais, são cumpridos 14 mandados de busca e apreensão no âmbito da Operação João Romão, que apura corrupção em contratos licitatórios, e o desvio de R$ 12 milhões.
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Objetivamente, os federais fizeram uma devassa nos escritórios da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos da Prefeitura Municipal de Corumbá, chefiada por Ricardo Campos Ametlla. O chefe da pasta seria o dono da empresa Agility Serviços Integrados Ltda, criada em abril de 2021 com escritório em Ladário (MS), cidade há 6 quilômetros de Corumbá.
![Esse é Ricardo, secretário no pivô da Operação João Romão, da Polícia Federal. Foto: Arquivo | MS Notícias](https://cdn.msnoticias.com.br/upload/dn_arquivo/2024/07/ricardo-ametla.jpg)
Alvos também estão sendo caçados na Capital sul-mato-grossense. “A investigação, que se iniciou em 2021, mostrou que o atual secretário municipal teria criado uma empresa que acabou vencendo diversos procedimentos licitatórios da pasta sob sua responsabilidade, sendo responsável por obras cujos valores ultrapassam R$ 12 milhões. Ainda durante as investigações foi possível colher indícios de irregularidades que teriam permitido a empresa suspeita ter capacidade financeira e técnica para participar dos certames licitatórios que venceu”, disse à PF em nota.
![Um dos carros apreendidos pela PF no âmbito da Operação João Romão, estava em uma residência de Corumbá (MS).](https://cdn.msnoticias.com.br/upload/dn_arquivo/2024/07/0f01c5a7-a8d8-4481-9fae-435d4635413d.jpeg)
Ao longo das buscas nessa manhã, foram apreendidos documentos e mídias digitais, além de R$ 100 mil (R$ 60 mil em Corumbá e R$ 40 mil em Campo Grande) na casa de alvos da investigação e três veículos.
![Polícia Federal recolhe documentos na secretaria de Obras de Corumbá. Foto: PF](https://cdn.msnoticias.com.br/upload/dn_arquivo/2024/07/i-1.jpeg)
“Foram alvos da operação um servidor público, servidores comissionados e efetivos envolvidos nas autorizações e fiscalizações das obras executadas, além de pessoas responsáveis pelas empresas”, completou a PF.
![A PF apreendeu R$ 100 mil em 'dinheiro vivo' na casa dos alvos da Operação João Romão. Foto: Reprodução](https://cdn.msnoticias.com.br/upload/dn_arquivo/2024/07/i-2.jpeg)
O nome da operação, João Romão, é um personagem da obra O Cortiço, um comerciante avarento, ávido por dinheiro e que ganhava às custas de pessoas pobres, para quem alugava os cortiços.
![Federal vasculha sistema da Prefeitura coletando mais provas contra alvos da Operação João Romão. Foto: PF](https://cdn.msnoticias.com.br/upload/dn_arquivo/2024/07/76beac7b-16c7-4b3e-8ec8-d1a12a3ec033.jpeg)
ALVO DA OPERAÇÃO OFFSET
Vale lembrar que em 2020 Ricardo Campos Ametlla também foi alvo de investigação da Polícia Federal no âmbito da Operação Offset. Ele e o então assessor especial da prefeitura, Edson Panes de Oliveira Filho, foram acusados de fraudes em licitação e superfaturamento na prestação de serviço envolvendo empresa de engenharia campo-grandense.